Membros do grupo Extinction Rebellion iniciam semana de protestos globais para chamar a atenção para catástrofe climática e exigir ações de governos. Grupo pretende parar capital alemã pelos próximos dias.
Por volta do meio-dia desta segunda-feira (07/10), ativistas do movimento ambiental Extinction Rebellion (Rebelião da Extinção) encheram de cor a praça mais cinzenta de Berlim. Sofás, plantas, tapetes e livros foram posicionados num dos cruzamentos mais movimentados da capital alemã na Potsdamer Platz.
Sentados ao sol, que aquecia o dia frio de outono, grupos de todas as idades faziam piquenique, conversavam, tocavam instrumentos. Pais trouxeram seus filhos, que estão de férias escolares, para brincar com outras crianças no espaço que costuma ser ocupado por carros. Um clima de festa e alegria reina na região.
Voluntários distribuíam alimentos e bebidas quentes aos presentes, como um senhor de meia idade que passada com frequência oferecendo “batatas cozidas quentinhas” para quem participava do protesto. Quando a panela era esvaziada, ia ele cozinhar mais.
Com o passar das horas, mais manifestantes se reuniam ao grupo inicial. Alguns vinham de bicicletas, outros a pé ou de transporte público, a maioria trazendo banquinhos ou toalhas para sentarem na sala de estar criada na Potsdamer Platz. Estima que por volta das 14h, mais de 2 mil manifestantes participavam da ação do centro de Berlim.
O grupo pretende ficar no local até o cair da noite. O bloqueio do cruzamento, que paralisou o trânsito na região, foi um dos primeiros atos da semana de protesto global programada por ativistas do Extinction Rebellion, em diversas cidades do mundo.
As manifestações querem, por meio da desobediência civil pacífica, chamar a atenção da população e governos para a ameaça do colapso climático e da extinção em massa que pode ser provocada pelo aquecimento global. Ao paralisar o trânsito em grandes cidades, os ativistas pretendem aumentar a pressão sobre governos para que medidas eficientes sejam tomadas para reduzir emissões.