O novo governo federal tem atacado ferozmente o Sistema Único de Saúde, pelo menos é o demonstra as ações de descredenciamento de laboratórios que forneciam medicamentos de alto custo para pacientes que passaram pelo processo de transplante de órgãos. Além de ter encerrado o Programa Mais Médicos, o que afetou milhões de pessoas em todo o país, as vagas até hoje não foram preenchidas.
O Sistema Único de Saúde é uma conquista do povo brasileiro. O modelo, inclusive, é estudado e replicado em diversos lugares do mundo. Ele tem como princípios a atenção integral (atendendo a todas as necessidades), a equidade e a universalização (direito à saúde para todos).
O SUS é custeado pela União, Estados e Distrito Federal e municípios. É centralizado possuindo diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde, e ao mesmo tempo descentralizado, pois cada estado e município executa ações voltadas para a realidade local. Veja abaixo um breve histórico da saúde no Brasil:
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1500 a 1808 – Período colonial: escassez de profissionais de saúde em geral. Falta de saneamento básico, diversas epidemias, como varíola e Febre Amarela. Quando o atendimento era disponível, custava muito caro, e por essa razão as consultas populares eram feitas com curandeiros;
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1808 a 1889 – Corte no Brasil e Império: fundação das primeiras escolas de medicina no RJ (1813) e na BA (1815). Início das campanhas de vacinação em massa, em busca de erradicar as doenças infectocontagiosas;
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1889 a 1930 – República Velha: Governo amplia verba investida na prevenção e higienização das cidades. Atendimento médico era somente para trabalhadores com carteira assinada;
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1934 a 1980 – o atendimento expandiu-se também para os dependentes dos trabalhadores com carteira;
- 1980 a 1990 – implementação do Sistema Único de Saúde.
Apenas no últimos 30 anos de História do Brasil é que existe um sistema público, gratuito e universal. Portanto o SUS é uma conquista histórica recente e que sofre ameaças.
O senso comum entende o trabalho do SUS apenas como o que é realizado nos postos e hospitais públicos, porém, o sistema é amplo e realiza um serviço vasto e importante. Que afeta, inclusive, pessoas que possuem planos de saúde e utilizam o sistema privado. Dentre os órgãos que fazem parte do sistema estão:
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Fiocruz: Fundação Oswaldo Cruz. Realiza pesquisa no campo da saúde, que promovem melhorias na qualidade de vida da população brasileira;
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Funasa: Fundação Nacional da Saúde. Promove a saúde pública e a inclusão social por meio de ações de saúde ambiental e saneamento;
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Anvisa: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Realiza a supervisão da produção e consumo de produtos oferecidos para a população. Assim como de portos e aeroportos, fronteiras e recintos alfandegários;
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ANS: Agência Nacional de Saúde Suplementar: realiza o credenciamento e o controle dos planos de saúde privados;
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Hemobrás: Empresa Brasileira de hemoderivados e biotecnologia. Busca diminuir a dependência externa do Brasil de derivados do sangue e biofármacos, produzindo medicamentos essenciais para brasileiros com doenças como cirrose, aids e câncer;
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Into: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Realiza tratamentos cirúrgicos ortopédicos de alta complexidade, além de pesquisas. Faz parte do International Society of Orthopaedic Centers (ISOC), que congrega os melhores hospitais ortopédicos de todo o mundo;
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INCA: Instituto Nacional de Câncer. Realiza ações de controle e prevenção do câncer em todo o Brasil.
O SUS é uma conquista, um direito social. O sistema é importante principalmente para os setores mais carentes da sociedade, que não teriam outras opções para se tratar.