Evento reúne em Buenos Aires líderes das maiores economias mundiais
Os líderes que se reunirão na Cúpula do G20, que começa nesta sexta-feira (30) e vai até sábado (1º), em Buenos Aires, cumprirão uma agenda de prioridades e participarão de múltiplas reuniões bilaterais, tendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China como um dos temas centrais.
O evento reunirá, além dos chefes de Estado e governo das 20 economias mais desenvolvidas e emergentes integrantes do grupo, a Espanha, país convidado permanente, o Chile e a Holanda, bem como convidados da Argentina e representantes de organismos internacionais como as Nações Unidas e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Estes são os principais nomes da cúpula do G20:
Mauricio Macri – O presidente argentino será o anfitrião da primeira cúpula realizada na América do Sul por ocupar a presidência rotativa do G20, algo que Macri considera uma demonstração de confiança do mundo em seu país, em meio a uma delicada situação econômica interna.
Donald Trump – Como já ocorreu na estreia de Trump no G20, no ano passado, na Alemanha, o papel do presidente americano será crucial novamente. Em Hamburgo, Trump não assinou um acordo favorável a medidas contra as mudanças climáticas, mas deu o braço a torcer para assinar um compromisso a favor do livre-comércio, temas que continuarão sobre a mesa em Buenos Aires.
Vladimir Putin – Sempre com diversas frentes abertas no âmbito internacional, o presidente russo chega ao G20 em meio à crise gerada pelo uso da força contra a Marinha da Ucrânia, país vizinho. O assunto fez com que Trump anunciasse o cancelamento da reunião que teria com Putin neste fim de semana.
Xi Jinping – Presidente da China desde março de 2013, Xi Jinping terá um dos encontros mais aguardados da ocasião, com Donald Trump. A reunião é importante para o desenvolvimento da própria cúpula devido à guerra comercial entre os dois países.
Mohammed Bin Salman – O príncipe herdeiro da Arábia Saudita tornou-se foco de uma polêmica de repercussão mundial, devido ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no Consulado Saudita em Istambul. A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) concluiu, segundo a imprensa americana, que Bin Salman ordenou o crime.
Recep Tayyip Erdogan – Presidente da Turquia desde agosto de 2014, Erdogan ainda não confirmou uma possível reunião com Bin Salman. O encontro focaria na repercussão do caso de Khashoggi. Erdogan critica a falta de colaboração das autoridades sauditas no esclarecimento do assassinato.
Angela Merkel – A chanceler da Alemanha, assim como Erdogan, participou de todas as reuniões do G20 desde a primeira, realizada em 2008, em Washington. No poder desde novembro de 2005, já anunciou a decisão de não se candidatar às próximas eleições.
Emmanuel Macron – Em sua primeira viagem à América Latina desde maio de 2017, quando tomou posse, o presidente da França chega a Buenos Aires com baixa popularidade, segundo as pesquisas, e após realizar uma série de discursos nos quais priorizou a importância do livre-comércio, do combate à mudança climática e do multilateralismo.
Justin Trudeau – Primeiro-ministro canadense desde novembro de 2015, Trudeau formalizará na Argentina, se as previsões não falharem, o novo acordo comercial entre Estados Unidos, México e Canadá junto a Trump e ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
Theresa May – A primeira-ministra do Reino Unido buscará apoio internacional ao seu questionado projeto de Brexit, após o acordo estabelecido com a União Europeia, antes que seja votado pela Câmara dos Comuns no dia 11 de dezembro.
Enrique Peña Nieto – O presidente mexicano voltará a seu país ainda durante a cúpula, no sábado, para passar a faixa presidencial a Andrés Manuel López Obrador, mas antes tentará selar o acordo entre Estados Unidos, México e Canadá. Embora não faça parte da agenda, a crise migratória na fronteira do México com os Estados Unidos também deverá ser abordada na cúpula.
Jean-Claude Juncker – O presidente da Comissão Europeia chega a uma cúpula marcada pela possibilidade de avançar nas já dilatadas negociações do acordo de livre-comércio com o Mercosul e com o Brexit.