Membro da Share the World Resources acredita que há apenas uma humanidade e devemos trabalhar juntos para o bem de todos

Sonja Scherndl trabalha na Share of World Resources em Londres. A primeira vez que ela ouviu falar sobre a Renda Básica foi há cerca de um ano em uma conferência onde ela conheceu uma defensora da Renda Básica. Naquela época, Sonja estava trabalhando no Artigo 25 e achou que seria perfeito se as duas coisas pudessem se unir, fortalecendo ambas. O artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas estabelece que todos têm direito a um abrigo digno e adequado.

Segundo Sonja, Renda Básica e Artigo 25 têm uma coisa muito forte em comum: falam de todas as pessoas, ninguém é excluído. A Renda Básica é o lado monetário das coisas e o Artigo 25 é as necessidades básicas que todos nós temos em todo o mundo. “Na realidade, isso forçaria os governos a trabalharem juntos pela primeira vez para o bem de todos”, disse Sonja sobre a união da Renda Básica e o Artigo 25.

Onde se encontrará o dinheiro é uma grande questão em dois movimentos: “Há um monte de dinheiro no mundo. A SWTR produziu um relatório há alguns anos sobre onde encontrar o dinheiro e realmente não é tão difícil. Gastamos muito dinheiro em orçamento militar, por exemplo. Então, se os governos trabalhassem juntos para o bem de todos, certamente podemos reduzir o orçamento militar para começar”, ela disse. Com base em sua experiência, Sonja acredita que existem muitos cantos em que o dinheiro pode ser cortado e redirecionado para as pessoas em vez de investir em algo que continuará prejudicando a humanidade.

Sonja também reforçou que o maior obstáculo no movimento é a mentalidade das pessoas de obter dinheiro de graça sem trabalhar para isso. É por isso que é tão importante abordá-los diretamente e dizer de onde esse dinheiro virá.

“O mundo está em um estado tão triste no momento, existem 40.000 pessoas que morrem desnecessariamente todos os dias por falta de comida, remédios… Há apenas uma humanidade e o que acontece com nossos irmãos e irmãs também acontece conosco. Na crise de refugiados, se um país está em um estado terrível, eles vão querer mudar para um país que está em uma posição melhor, mas a longo prazo, os países podem não ser capazes de cooperar com isso, então por que não ajudá-los a resolver seus problemas onde eles estão?, concluiu Sonja, lembrando que os problemas globais precisam de soluções globais.

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