Em seu primeiro discurso na Assembléia Geral da ONU para presidentes e representantes de diversas nações, Trump reforça a retórica armamentista que tem levado ao acirramento das tensões entre os EUA e a Coréia do Norte. Na ocasião chegou a dizer que, se necessário, poderia chegar a “destruir completamente o país norte coreano”.
O discurso vem em um cenário de forte atrito entre os países, testes nucleares e de exercícios militares com utilização de mísseis. Tudo isso em uma das regiões mais militarizadas do mundo, com centenas de milhares de soldados de ambos os lados e artilharia pesada apontada para vários países.
Alguns comentaristas internacional chegaram a afirmar que “Nunca se ouviu um presidente Americano dizer que destruiria outro país em uma Assembléia das Nações Unida”. O discurso feito nesse tom dentro de um ambiente em que deveria ser promovida a diplomacia e o acordo entre os países para se chegar ao conceito kantiano de “Paz Perpétua”, em um ambiente onde se deveria preconizar a paz entre as nações.
Trump chamou o ditador norte coreano de “Rocket Man” (Homem Foguete). Uma fala no mínimo controversa pois é dita por um homem que controla o maior arsenal de mísseis e foguetes e administra o maior orçamento militar de todo o planeta, com todo o tipo de armamento em seu alcance.
O tratado de banimento das armas nucleares é um importante passo para elimina-las do mundo. Recentemente a Associação Internacional de Físicos para a prevenção de uma Guerra Nuclear e em conjunto com associações de médicos e enfermeiras reafirmou a importância do do tratado, no texto publicado no site da Pressenza na versão em inglês é dito:
“Nós federações, representando milhões de doutores, enfermeiras e profissionais da saúde pública através do mundo, celebramos esse tratado como um importante e significativo passo para a eliminação das mais destrutivas armas que já foram criadas”.
O diálogo entre os países deve ser incentivado como forma de amenizar as tensões. Os danos de uma guerra não trazem conquistas para nenhum dos lados, apenas mortes de pessoas inocentes além de um gigantesco dano material para ambos. Devemos ter esperança de um dia ver as duas Coréias em confluência, e um mundo tão fragmentado pelo nacionalismo e militarismo, se tornar uma nação humana universal e plurinacional. Afinal, coreanos, americanos, russos e sul-africanos tem algo em comum: compartilham da mesma humanidade.
Entender que o que nos une é maior do que o que nos separa, é o caminho para a convergência pacífica entre todas as Nações. A Paz é o Caminho. E a não-violência ativa é a metodologia resolver os conflitos e para se alcançar esse estado.