Ao meio dia de 18 de agosto de 2017, aconteceu uma concentração multitudinária, para fazer um minuto de silêncio, no mesmo lugar onde 19 horas antes havia ocorrido o terrível atentado que acabou com a vida de 13 pessoas e que feriu outra centena.
Com a palavra de ordem “não tenho medo!”, centenas de pessoas se aproximavam da praça de Catalunha em Barcelona, para demonstrar que os cidadãos de Catalunha denunciam este tipo de atos e estão dispostos a resistir a violência.
Barcelona é uma cidade de acolhimento, na qual, em fevereiro deste ano, mais de 160.000 cidadãos saíram às ruas para pedir a livre circulação de pessoas e o cumprimento dos compromisso em matéria de acolhida. É uma cidade diversa, na que convivem dezenas de culturas, crenças e religiões; desde latinos a magrebíes, desde paquistaneses a subsaharianos, desde europeus a chineses. Os barceloneses saíram as ruas para reivindicar este modelo de convivência, denunciar a violência e apoiar os afetados pelo atentado.
No ato participaram autoridades do Estado Espanhol, como o rei Felipe IV e representantes locais como a prefeita de Barcelona (Ada Colau), o presidente da Generalitat (Carles Puigdemont) e o vice-presidente (Oriol Junqueras), assim como o presidente da Espanha (Mariano Rajoy) e a vice-presidenta (Soraya Sáenz). Foi um ato complementador no que primou o interesse comum. Apesar das diferenças que existem atualmente entre o governo autonômico e o governo nacional, não se viram bandeiras reivindicando nenhuma ideologia e todo mundo teve uma atitude conciliadora. As forças de segurança também receberam um longo aplauso dos assistentes pela sua atuação e dedicação desde a tarde de ontem.
Desde a redação da Pressenza, condenamos todo tipo de violência, desde a mais brutal como foi o atentado que vivemos ontem em Barcelona, até a discriminação por gênero, cultura ou crença, ou a exclusão social e econômica.
Também querem fazer chegar nosso apoio a todos os afetados.
Texto original por Pilar Paricio