Em São Paulo uma cafeteria especial chama atenção na região dos jardins, zona nobre da capital paulistana, e não é por pratos diferentes ou bebidas especiais. O que o diferencia são os seus atendentes, que são portadores da síndrome de down.
O café é a primeira iniciativa desse tipo no Brasil e tem o apoio de importantes Chefs de cozinha – um dos quais inclusive apresenta um renomado programa de culinária de forte audiência. A iniciativa de contratar pessoas especiais com sindrome de down foi criada pelo Instituto Chefs Especiais, a organização qualifica pessoas especiais na área da gastronomia há 11 anos.
(imagem divulgação)
Além disso o sistema de pagamentos da cafeteria também é diferente das demais, no estabelecimento o cliente escolhe quanto vai pagar no final do serviço.
Iniciativas como essa não são episódicas nem singulares. Há inúmeros exemplos de negócios voltados para a inclusão de estratos da sociedade que são vítimas de algum tipo de preconceito.
Cafeterias na índia contratam mulheres vítimas de ataques de ácido. O Sheroes hangout ajuda no empondeiramento de vítimas de violência de gênero. Ele foi criado pela ONG Stop Acid Attacks e simboliza uma reincerção dessas mulheres na sociedade.
Infelizmente, não são raros os casos de ataques com ácido na India, todos os anos centenas de casos são registrados. E o motivo se mantém – o machismo. A violência de gênero que aflige a vida das mulheres indianas. Por conta dos ferimentos, que são em lugares altamente expostos como o rosto, muitas dessas mulheres ficam reclusas em suas casas. Também sentem dificuldades para se inserir no mercado de trabalho e ter uma vida convencional.
O estabelecimento representa uma grande oportunidade para mostrar que elas podem sim trabalhar e ter uma vida normal.
Outra iniciativa é da Isabella Springmühl, estilista guatemalteca de apenas 20 anos surpreendeu o mundo ao ser a primeira estilista com síndrome de down a participar de um grande evento de moda. A desenhista que mantém a marca Downtoxjabelle, e conseguiu lograr sucesso com sua marca única que carrega muitos dos seus traços e da sua cultura. Isabella foi recusada na faculdade por conta da síndrome de down, mas isso não impediu que a jovem aprendesse a desenhar e a costurar roupas.
Estas iniciativas são importantes para a construção de um mundo mais justo e dá visibilidade para grupos marginalizados. Um mundo melhor só poderá ser construído com base no respeito, na não discriminação e na inclusão de todxs!