Na noite fria de São Paulo, mais de 600 pessoas ocupam o terreno vazio em Capão Redondo, extremo sul da cidade. No momento que levantou o acampamento Natália Szermeta, coordenadora nacional do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto , discursou:
“Esse terreno está sendo ocupado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que na noite de hoje está ocupando 3 terrenos, dois em São Paulo e um em Embu, como uma resposta para os governos que não estão resolvendo os problemas de moradia para os mais pobre. Também, como uma resposta para aqueles que querem resolver os problemas dos mais pobres com polícia. Nós queremos que os nossos problemas sejam resolvidos com moradia pro povo morar, com escola para as nossas crianças estudarem, e com posto de saúde pra gente viver uma vida longa e saudável. Por isso, a nossa ocupação hoje vai estabelecer os barraquinhos, nós vamos aguardar aqui”.
A ocupação além de moradia também é sinônimo de resistência ao governo Temer, que vem repreendendo violentamente com a PM movimentos sociais e exterminando programa sociais essências para o país.O MST é moradia e é símbolo de luta, união e persistência. A líder do movimento finalizou: “Nós vamos ficar aqui, e daqui a gente só vai sair pra dentro das nossas casas e dos nossos apartamentos”.
As ocupações são resultado da falta de alternativa de moradia, especialmente para famílias que pagam aluguel, por conta do aumento do desemprego e da paralisação do programa Minha Casa Minha Vida.
Paralisar programas habitacionais e não dialogar com os movimentos só agravará a crise urbana e os conflitos sociais.
Militantes montando os barracos na nova ocupação, todo mundo trabalha. Foto Tiago Macambira. Mídia NINJA
Momento em que descarregam os carros com os bambus que servem de estrutura para os barracos de lona. Foto Tiago Macambira. Mídia NINJA
Mulheres de luta. Foto Tiago Macambira. Mídia NINJA
A presença das mulheres é fundamental nas ocupações. Foto Tiago Macambira. Mídia NINJA
