08 de julho de 2016, 16h (horário de Brasília) – Auditório 01 – Faculdade Zumbi dos Palmares – Clube de Regatas Tietê – São Paulo – Brasil
Após uma década da derrota da Alca – Área de Livre Comércio das Américas, o nosso continente enfrenta uma nova ofensiva neoliberal.
Esta ofensiva é expressa na radicalização das diferentes formas de apropriação e espoliação dos direitos dos povos e nos ataques às populações indígenas, camponesas, trabalhadoras, a mulheres, a jovens e às diversidades raciais, culturais e sexuais, que depois de lutas de resistência recuperaram sua capacidade de ser protagonistas dos processos de mudança e transformação na região.
Além disso, os golpes de estado consumados no Haiti (2004), Honduras (2009) e Paraguai (2012) e em curso no Brasil mostram que o mercado que domina nossas vidas quer acabar com o processo de transformação recentes realizado pelo povo, que resultaram em mais direitos para todos, maior inclusão social, soberania sobre seus territórios e bens comuns e formas e ferramentas mais democráticas para o exercício político e a participação popular.
Nós, participantes e herdeiras e herdeiros de lutas contra os regimes militares na América Latina e no Caribe e contra a violência institucionalizada de estados, que em todo o continente nos levantamos contra a agenda do livre comércio, privatização, exclusão e pobreza representada no projeto neocolonial derrotado da ALCA e que procuramos construir para a nossa resistência respostas para o “Outro mundo é Possível” hoje dizemos: não vamos deixar que se instale em nosso continente um novo ciclo de ditaduras, imposto por poderes executivos, judiciários e legislativos ao serviço dos interesses do mercado capitalista.
Os princípios da solidariedade e do internacionalismo nos unem, assim como a certeza da necessidade de uma transformação sistêmica contra o capitalismo, o patriarcado, o colonialismo e o racismo.
É um novo momento para retomar a ação unificada dos povos das Américas e de nos opormos àqueles que insistem em sua agenda de destruição, desintegração e exclusão.
Chamamos a diversidade de organizações, movimentos sociais e expressões comprometidas com a transformação social para fazer avançar este processo de articulação e tomar as ruas da Nossa América em 4 de novembro de 2016 para gritar a uma só voz:
Nenhum passo atrás!
Povos em luta pela nossa integração, autodeterminação e soberania, contra o livre comércio e as transnacionais!
#JornadaContinental
seguimosenlucha.wordpress.com
facebook.com/Jornada-Continental-por-la-Democracia-y-contra-el-Neoliberalismo
Organizações que se somam inicialmente a convocatória: Confederação Sindical de Trabalhadores/as das Américas, Coordinadora Latinoamericana de Organizaciones del Campo/La Via Campesina, Marcha Mundial das Mulheres, Amigos da Terra América Latina e Caribe, ALBA Movimentos, Centro Martin Luther King, Capítulo Cubano da ALBA Movimentos, Jubileu Sul/ Américas, PIT-CNT Uruguay, Internacional de Serviços Públicos, Campanha para Desmantelar o Poder das Transnacionais.