Celebrar a força da comunidade
O Jardim imaginário está cada vez mais próximo de ser aquilo que a população da Areosa (Porto) desejou que ele fosse: mais do que um jardim público, um espaço de reabilitação do espírito comunitário. Mal o sol espreitou, num interregno das longas chuvas, o Grupo Humanistas pela não-violência promoveu novo convívio num lugar onde a magia paira: é grande a vontade de celebrar a cidadania com a inauguração do parque infantil!
O Parque Infantil do Jardim Imaginário está quase pronto. O pequeno espaço verde, em terreno camarário, não escapou ao olhar atento e interventivo do Grupo Humanistas pela não-violência, que desde 2013 mobilizou a população da Areosa, Porto, no sentido de mostrar à autarquia local um desejo colectivo: criar um jardim público dotado de iluminação, sinalização e parque infantil. As árvores (sobreiros e pinheiros, entre outros espécies arbustivas) e bonita erva já lá moravam.
E agora falta pouco. Por isso, aproveitando o sol de 15 de Maio, e apesar da chuva ter atrasado a conclusão do parque infantil, os vizinhos saíram à rua para dar forma a esse espírito de comunidade.
Inspirados pelo forte desejo de criar o Espaço Humanista das Crianças, o grupo promoveu uma Cerimónia que “converte as crianças em participantes de uma comunidade que se compromete a tomá-las a seu cargo no caso de circunstâncias infelizes as deixarem desamparadas”. “É através das crianças que reconhecemos “a mudança de situação e de etapa no ser humano”, por isso “pedimos protecção para elas e as acolhemos como a novos filhos”, ouviu-se num momento em que se respirou verdade e espiritualidade pela voz das oficiante e auxiliar. As crianças ficaram muito atentas.
Mas só nesse momento! De resto, o dia foi dedicado a subir ao pinheiro encantado, a jogar à bola e a grandes correrias. Os adultos, como sempre, dividiram-se entre brincadeiras e conversas criativas.
O espírito comunitário estende-se à Quinta de São Romão, reabilitada pelo Rancho Folclórico de Paranhos, que oferece agora um serviço de bar, acolhedor e rústico, e uma esplanada solarenga. Só nos resta citar Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
O Jardim Imaginário nasceu de uma iniciativa do Grupo Humanistas pela Não-Violência, que deu entrada de uma petição na Câmara Municipal do Porto com mais de 800 assinaturas e promoveu várias diligências para que este fosse uma realidade.
Fonte: Onda Humanista