Foto: Evento em defesa de Dilma na Avenida Paulista, em agosto de 2015/Revista Fórum
Um dos principais veículos de comunição de Portugal, o jornal Público, acaba de publicar matéria que mostra a hesitação dos líderes portugueses em apoiar a oposição ao governo de Dilma Rousseff. Segundo a publicação, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o ex-primeiro ministro Passos Coelho recusaram-se a participar do seminário que reúne na próxima semana, em Lisboa os principais líderes de oposição ao governo brasileiro.
A reportagem começa fazendo um paralelo da iniciativa com o golpe militar de 1964. “A data é simbólica: 31 de Março de 2016, exactamente 52 anos depois do golpe militar que depôs o Presidente eleito João Goulart, Jango, e instaurou uma ditadura militar no Brasil que durou 21 anos. É precisamente nesse dia que termina, em Lisboa, um seminário luso-brasileiro de Direito com um tema sugestivo: Constituição e Crise – A Constituição no contexto das crises política e económica. Mas é o “quem” desta história que está a levantar várias ondas na relação entre Portugal e o Brasil. É que entre os oradores do seminário estão os principais dirigentes da oposição a Dilma Rousseff – os senadores Aécio Neves e José Serra, o juiz que impediu Lula da Silva de regressar ao Governo Federal, Gilmar Mendes, e o vice de Dilma Rousseff, do PMDB, Michel Temer, que pode nos próximos dias romper a coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) e formar a maioria no Congresso que votará a favor do impeachment (destituição) de a Presidente”.
Após a repercussão negativa, na tarde de hoje (24/03) Temer cancelou a vinda ao evento.
Íntegra em: https://www.publico.pt/mundo/noticia/encontro-em-lisboa-reune-oposicao-e-juizes-brasileiros-e-assusta-politicos-portugueses-1727020