Atos vão acontecer em 20 cidades na América Latina. “O desafio é identificar os novos dilemas colocados para as organizações populares”, diz brasileira.
Por Bruno Pavan, de São Paulo (SP)
Foi no dia cinco de novembro de 2005 que a proposta da Área de Livre Comércio Entre as Américas (Alca) foi oficialmente sepultada na IV Cúpula das Américas, na cidade argentina de Mar del Plata. Lembrando a data, dez anos depois, dezenas de movimentos vão voltar às ruas para a realização da Jornada Anti-Imperialista.
A intenção é analisar a vitória que os povos tiveram contra o imperialismo, mas também colocar os próximos desafios que estão postos para os movimentos populares.
Paola Estrada, da Secretaria da Articulação dos Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), alerta que, mesmo sem a Alca, os Estados Unidos conseguiram avançar em acordos bi e multilaterais com países do continente e com a Aliança do Transpacífico (TPP).
“O TPP nos deixa em alerta, porque vai além do acordo de comércio de mercadorias e passa para a área de serviços. Além disso, [existem] todas as movimentações desse ano e como se usam as crises econômicas e políticas no Brasil pra pautar esses acordos como saída”, criticou.
Apesar disso, Paola reforçou que desde o fracasso da Alca, os governo progressistas da América do Sul apostaram no fortalecimento da integração regional tanto política quanto economicamente, e minaram o poder estadunidense na região. “Aconteceu a ampliação do Mercosul, a criação da Unasul e da Celac, que surgiram em contraposição ao domínio político dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA). Além disso, foi criada a Alba, protagonizada por Venezuela e Cuba”.
Para comemorar a vitória dos movimentos sociais, mais de 20 cidades pelo continente terão atos e atividades de rua. Em São Paulo o protesto acontecerá na Praça do Patriarca, a partir das 15 horas, na quinta-feira (5).
Fonte: Brasil de Fato
wn