Classificado como um documentário ficcional, Silo, Um Caminho Espiritual, realizou sua pré-estreia em São Paulo no último dia 14 de outubro de 2015, no Cine Caixa Belas Artes. O cinema recebeu um bom público que praticamente lotou a tradicional sala Oscar Niemeyer. Com co-produção entre Chile e Argentina, o filme percorre a vida do pensador e guia espiritual Mario Rodríguez Cobos, mais conhecido como Silo.

O evento contou com a presença do produtor Franscisco Granella, que fez uma apresentação do documentário e um breve testemunho de sua convivência pessoal com Silo. Alguns dias antes, o produtor acompanhou também a exibição do filme no sul de Minas Gerais, na cidade de Paraisópolis – próxima a Campos de Jordão.

Produtor Francisco "Pancho" Granella comentou os motivos, dificuldades e agradecimentos que deram origem ao filme.

Produtor Francisco “Pancho” Granella comentou os motivos, dificuldades e agradecimentos que deram origem ao filme. (Foto: Pressenza)

O filme traça um percurso apaixonante pela filosofia e vida de um homem extraordinário, Mario Rodríguez Cobos, Silo, filósofo, guia espiritual, pensador e escritor argentino. O documentário se apresenta como uma viagem, que começa desde as interrogações da jovem Catalina, que decide partir em busca de si mesma.

Em seu périplo ao redor do mundo, Catalina visitará personagens que compartilharam sua vida com Silo; recolhe testemunhos daqueles que o conheceram, e adentra os lugares mais recônditos até onde chegou sua Mensagem: Buenos Aires, Índia e Rússia estão em seu itinerário. Através do olhar e das reflexões da jovem, revisaremos o contexto histórico mundial em que se desenvolveu esta corrente espiritual, ressaltando os marcos mais relevantes e as respostas que Silo foi emitindo nesse contexto.

Personagem principal – Silo é um guia espiritual que surge neste tempo convulsionado, violento e desesperançado. Em 1969 começa sua vida pública com dois marcos fundamentais; um pronunciamento feito em 4 de maio no pequeno povoado da cordilheira situado na fronteira entre Argentina e Chile, chamado Punta de Vacas, ante um punhado de pessoas. O pronunciamento ficou conhecido como a Cura do Sofrimento. Nesse mesmo lugar escreve “O Olhar Interior”, livro que será publicado no ano de 1972.

Silo fez exposições, conferências e participou em encontros massivos nos quais expressou seu ponto de vista e ensinamentos a centenas de milhares de pessoas em diversos países. Por todo o mundo se somam aderentes a suas propostas de esperança, de possibilidade de mudança, de certeza em que o ser humano pode definitivamente devir em um verdadeiro ser humano, deixando para trás a pré-história do sofrimento, do niilismo e da violência.
Tratamento audiovisual – O documentário atravessa mundos muito diversos: o mundo de hoje, o contexto da época, em que Silo desenvolveu seu trabalho; e as recriações biográficas em que se desenham as situações e os traços de caráter que definem o protagonista em questão.

Cada um destes mundos é tratado com estilos diferentes: os primeiros serão tratados em estúdio utilizando o set e o back lighting sobre fundos fotográficos de grande formato; os mundos recriados, ao contrário, estão situados onde ocorreram os fatos.
A fotografia está em função de cada um destes elementos. Para os personagens que relatam a história, optou-se por uma fotografia de estilo documental. Para as cenas recriadas se privilegiou uma câmera subjetiva que trasspassasse a realidade, para ver as coisas desde o ponto de vista fantástico em que são relatadas.

A montagem é ágil e dinâmica. Passa de um ambiente a outro e de um período a outro sem dificuldade, mantendo a identidade de cada um deles sem contradição visual. Há informação gráfica e fotográfica que complementa o formato. A natureza é trabalhada em tempo real, privilegiando a luz natural. As transições entre os distintos módulos é resolvida por corte, privilegiando os ritmos e respeitando as atmosferas.

Agora o filme participa de festivais de cinema e a previsão inicial para entrar no circuito comercial é março de 2016.

Sinopse:

O documentário percorre a vida do pensador e guia espiritual Mario Rodríguez Cobos, mais conhecido como Silo. Começa com as interrogações de Catalina. Em seu périplo a distintos países, visitará personagens que compartilharam a vida com Silo. Através de suas reflexões são repassadas as respostas não-violentas que ele deu aos contextos pessoais e sociais de sua época e que continuam válidas na atualidade, podendo se tornar uma fonte de inspiração frente um mundo cada dia mais violento e desumanizado.

Diretor: Pablo Lavín
Produtor executivo: Francisco Granella Goich
Produtora executiva: Ana L’Homme
Diretor de Fotografia: Pedro Micelli

Estrelando: Catalina Bize

Gênero: documentário ficcional
Co-produção Chile-Argentina
www.silouncaminoespiritual.com
Ano 2015

Banner e Cartaz do Filme. Ao lado Alexandre Samogini, da Mensagem de Silo, um dos responsáveis por viabilizar a pré-estréia do filme antes de entrar em circuito comercial

Banner e Cartaz do Filme. Ao lado Alexandre Samogini, da Mensagem de Silo, um dos responsáveis por viabilizar a pré-estréia do filme antes de entrar em circuito comercial (Foto: Pressenza)

Platéia composta por siloístas, humanistas e curiosos momentos antes do filme sobre uma Mestre pouco conhecido no Brasil

Platéia composta por siloístas, humanistas e curiosos momentos antes do filme sobre um Mestre pouco conhecido no Brasil (Foto:Pressenza)