Plano elaborado para fechar base em Cuba prevê a transferência de detentos considerados perigosos para cadeias de segurança máxima em solo americano. Promessa de campanha de Obama, porém, pode esbarrar no Congresso.
O plano elaborado pelos Estados Unidos para fechar a prisão militar da baía de Guantánamo, em Cuba, prevê a transferência de dezenas de detentos considerados muito perigosos para cadeias americanas, disse neste domingo (26/07) uma assessora em contraterrorismo do presidente americano, Barack Obama.
Lisa Monaco, uma das principais assessoras de Obama, afirmou que o EUA estão em fase de conclusão dos preparativos para a transferência de 52 detentos para outros países. O plano prevê, ainda, que os demais prisioneiros sejam enviados para prisões militares nos EUA, para serem julgados ou mantidos presos, sublinhou a assessora.
Cerca de 116 pessoas permanecem detidas em Guantánamo, muitas delas por mais de uma década sem julgamento ou acusação formal. Com o plano, Obama tenta cumprir a promessa feita ao chegar à Casa Branca, em janeiro de 2009, de fechar a prisão em território cubano.
A ideia deve enfrentar resistência no Congresso, de maioria republicana. Mas o entrave dos parlamentares não impediu que 28 detidos deixassem a prisão em 2014 em direção ao Cazaquistão, Uruguai, Geórgia, Omã e Eslováquia.
De acordo com a Casa Branca, o plano que está sendo implementado incluirá o estabelecimento de “protocolos de segurança” para a transferência de prisioneiros. Washington descartou enviar dezenas de iemenitas de volta ao seu país de origem por conta da guerra que acontece atualmente no território.
Os EUA temem que muitos dos suspeitos de terrorismo libertados voltem a praticar crimes. Entre os detentos, 64 são considerados “muito perigosos” para serem libertados. A prisão de Guantánamo foi aberta pelo ex-presidente George W. Bush após os ataques de 11 de setembro de 2001.
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