Em entrevista exclusiva à Deutsche Welle, presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirma que pretende dar prosseguimento às negociações de paz com as Farc, mas considera que processo de paz está num momento crítico.
Apesar dos recentes ataques praticados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou, em entrevista exclusiva à Deutsche Welle, que pretende continuar com as negociações de paz, mas considera que o processo está num momento crítico.
Santos falou à DW durante a Conferência Itália-América Latina nesta sexta-feira (12/06) em Milão. “Dissemos aos negociadores das Farc em Havana que o melhor para o processo – se eles estão realmente interessados nele – é acelerar as negociações, é chegar a um acordo o mais breve possível. É aí que a vontade política tem que se manifestar. E estamos agora nesse ponto de virada.”
Nos últimos dias, as Farc atacaram, entre outros, um oleoduto e paralisaram o fornecimento de energia elétrica em algumas partes do país. O presidente colombiano afirmou que essa era a razão para acelerar as negociações.
“Temos que acelerar as negociações precisamente para acabar com esses ataques, de forma que milhões de colombianos não sejam afetados. Do contrário, essa situação vai continuar por 20 anos. Então, estou empenhado em levar à frente o processo de paz..”
Santos, no entanto, disse querer dar continuidade à sua estratégia de não declarar um cessar-fogo por parte do governo antes que se chegue a um acordo e afirmou: “Estamos fazendo todo o possível para proteger a vida dos colombianos e, nesse ponto, não temos descansado nenhum só minuto.”
“Disse desde o início: conversamos em Havana e continuamos a combater o terrorismo. E continuaremos a lutar contra o terrorismo como se não houvesse negociações em Havana. São duas coisas distintas”, concluiu Santos.
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