Após um dia de paralisação, empresa e sindicado dos maquinistas aceitam voltar às negociações. Mediadores externos foram nomeados por ambas as partes. Nona greve em menos de um ano não tinha data para acabar.
O que era para ser a mais longa greve de trens da história da Alemanha terminou nesta quinta-feira (21/05), após apenas um dia de paralisação. O Sindicato dos Maquinistas Alemães (GDL) e a Deutsche Bahn (DB), empresa que opera o serviço ferroviário no país, concordaram em retomar as negociações.
De acordo com a DB, a empresa está trabalhando “a todo vapor” para normalizar o serviço o mais rápido possível. A expectativa, porém, é de que as linhas só voltem a operar normalmente a partir das 19 horas. Até lá, milhões de passageiros terão que contar com atrasos e cancelamentos.
“Nós estamos aliviados. Nossos clientes e funcionários podem respirar aliviados. Negociação em vez de greve é a prioridade agora”, afirmou o diretor de recursos humanos da DB, Ulrich Weber.
A nova rodada de negociações entre o GDL e a empresa será conduzida por mediadores externos. O indicado pela DB foi o ex-governador de Brandenburgo Matthias Platzeck (Partido Social Democrata, SPD). O atual governador da Turíngia, Bodo Ramelow (Partido A Esquerda), foi escolhido pelo sindicato.
O primeiro encontro entre as partes está marcado para a próxima quarta-feira, dia 27 de maio. O sindicato e a empresa estipularam um prazo de três semanas para tentarem chegar a um acordo. Nesse período, o GDL se comprometeu a suspender greves de maquinistas.
“Depois de quase um ano de disputa salarial, a pressão da nona greve conseguiu desatar o nó cego. Nós acreditamos que uma base positiva para as negociações foi alcançada”, afirmou o presidente do GDL, Claus Weselsky.
Este artigo não está sob Licença Creative Commons e não pode ser reproduzido de nenhuma forma. O mesmo é válido para a foto.