Cerca de 40 ministros de diversos países latino-americanos e o presidente chinês vão comparecer; Ideia é aumentar a integração entre as áreas
Da Redação do Brasil de Fato
Tem início nesta quinta-feira (8), em Pequim (China), o primeiro encontro China-CELAC (Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos). A reunião, que tem presença confirmada do presidente chinês Xi Jinping, ocorrerá menos de um mês depois da anunciada reaproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, que faz parte da Comunidade.
Os governos latino-americanos tentam, há tempos, conseguir mais poder de decisão dentro do cenário internacional. Aproximações com a Rússia e com a própria China vem acontecendo nos últimos tempos para diminuir o poder de influência estadunidense na região.
No documento do encontro, os líderes da CELAC reforçaram que a criação deste fórum teve em vista “o aumento das relações políticas, comércio, investimento, ciência e tecnologia, cultura, educação e outros campos entre a China e América Latina e no Caribe durante a última década”.
O presidente do Equador Rafael Correa se pronunciou publicamente dizendo que as duas partes estão criando uma amizade de fraternidade e que a aproximação tem como base a igualdade o respeito e a soberania mútua.
O encontro será o primeiro compromisso público do novo chanceler brasileiro Mauro Vieira. Em sua posse, o ex-embaixador do Brasil em Washington reforçou que defenderá uma “diplomacia de resultados”.
O ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que “o foro Celac-China é um mecanismo de cooperação que visa a aprofundar a relação política, econômica e cultural entre os países participantes, além de possibilitar o diálogo sobre temas de interesse comum da agenda internacional”.
Em dez anos, de 2003 a 2013, o comércio entre os países latino-americanos e a China cresceu 795%, de acordo com o Itamarati. O Encontro vai até sexta-feira (9) e terá discurso dos presidentes do Equador, Venezuela, Costa Rica e do primeiro ministro das Bahamas na cerimônia de abertura.