Oficiais removeram tendas e barricadas de manifestantes que estavam acampados desde o fim de setembro em protesto pró-democracia. Pelo menos 12 ativistas foram presos por se recusarem a deixar o local.
As autoridades de Hong Kong prenderam nesta terça-feira (25/11) manifestantes pró-democracia que se recusaram a cumprir uma ordem judicial para deixar local de protesto no distrito de Mong Kok. Eles estão acampados desde o final de setembro em zonas estratégicas da cidade para pedir o direito de escolher livremente os candidatos da eleição de 2017, sem a interferência de Pequim.
A polícia deteve cerca de uma dúzia de manifestantes, depois de adverti-los a não interferir no trabalho dos oficiais de justiça, que cumpriam a ordem judicial de desobstruir a área, uma das três ocupadas pelos ativistas.
Inicialmente, os manifestantes não mostraram resistência enquanto oficiais derrubavam as barricadas e recolhiam ripas de madeira e lixo que seriam colocados em um caminhão. Mas ao chegarem à Argyle Street para remover tendas e entulhos, as autoridades enfrentaram a oposição dos ativistas, que disseram precisar de mais tempo para recolher seus pertences.
O líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, que havia chamado os protestos de ilegais, pediu aos manifestantes para irem para casa. Centenas permanecem acampados na região da movimentada Nathan Road, área de onde, segundo a mídia local, os ativistas devem ser retirados no final da semana. Os protestos já chegaram a atrair mais de 100 mil pessoas, mas os manifestantes vêm perdendo o apoio da população com o passar das semanas.
A ação em Mong Kok vem uma semana após a parcial remoção dos acampamentos do maior local de manifestações: a região de Admiralty, onde estão os prédios do governo. As operações reforçam a operação pacífica, feita com ordem liminar, que deixou intacta grande parte das áreas de protestos.
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