Começa hoje à noite no Porto (Portugal), a Mostra Internacional de Cinema Antirracista (MICAR), organizada pelo Movimento S.O.S. Racismo, em parceria com a Fare Network e com a colaboração da Câmara Municipal do Porto. A MICAR estende-se por três dias (de 17 a 19 de Outubro), ao longo dos quais serão exibidos onze filmes, três dos quais serão estreias, de treze países diferentes. O local de exibição destes filmes será o Pequeno Auditório do Teatro Rivoli, no centro da cidade.

O programa completo da MICAR pode ser consultado em http://micar.sosracismo.pt/, destacando-se, além da exibição dos filmes, a a realização de debates, em cada um dos dias do festival, com a participação de realizadores e outros comentadores.

Nesse contexto, o Observatório dos Direitos Humanos, parceria interassociativa de que faz parte, entre outros, o Centro de Estudos e Ações Humanistas, foi convidado a fazer a apresentação do filme “Mare Chiuso”, dos italianos Andrea Segre e Stefano Liberti, no sábado, dia 18 de Outubro, às 18h.

O propósito da MICAR resulta, desde logo, da sua própria denominação, mas apreende-se melhor mediante a transcrição, a partir do seu programa, do seguinte texto:

“O outro como duplicado é sempre, na sua não coincidência, a chave que nos fornece acesso à nossa própria leitura. Precisamos do olhar do outro para nos ajudar a definir. Num segundo olhar compreende-se que essa imagem não constitui o nosso reflexo exato e que, a sê-lo, resultaria num processo redutor. É do abstrato da mancha que reúne as duas metades (nós e o outro), que acedemos à possibilidade de mil figurações, imagens infinitas e diferentes em função do espetador. O outro como caminho para a possibilidade é, antes do mais, a definição da condição humana, diversa, incontrolável e questionante”.

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