Washington, 29 out (Prensa Latina) Estados Unidos e Israel ficaram sozinhos contra o mundo uma vez mais em relação ao bloqueio a Cuba, advertiu hoje um novo artigo publicado no diário The New York Times.
Sob o título On Cuba Embargo, It is the U.S. and Israel Against the World – Again (No bloqueio a Cuba, Estados Unidos e Israel contra o mundo outra vez), o jornalista Ernesto Londoño classificou a aprovação na Assembleia Geral da ONU de uma resolução que pede o fim desse cerco econômico, financeiro e comercial imposto contra a ilha caribenha.
“Dos 193 membros das Nações Unidas, 188 respaldaram Cuba, as três abstenções – Ilhas Marshall, Micronesia e Palau – não são considerados como pesos pesados em matéria diplomática”, enfatizou Londoño na nota editorial divulgada na coluna do jornal Taking Note.
Somente Israel (principal aliado de Washington no Oriente Médio) se colocou ao lado dos Estados Unidos, sublinhou o texto ao explicar que a esta votação anual vale a pena dar mais atenção, porque ocorreu em momentos que cresce a pressão internacional a favor da normalização das relações com Cuba.
“A Casa Branca está considerando que medidas poderia ser capaz de tomar nessa direção durante o tempo que resta ao presidente (Barack) Obama no cargo”, afirmou o artigo.
Londoño criticou a posição “de um ex-embaixador estadunidense pouco conhecido (Ronald Godard)”, que em representação de seu país tentou defender a continuidade de uma política que sobreviveu a 11 administrações tanto republicanas quanto democratas.
A nota editorial enfatizou que a nação antilhana tem expressado sua disposição ao diálogo com os Estados Unidos e citou fragmentos da intervenção do chanceler cubano Bruno Rodríquez no púlpito da ONU em relação a uma futura aproximação baseada em uma relação respeitosa.
O influente jornal, que nos últimos dias publicou dois editoriais sobre a necessidade de eliminar o bloqueio e reconstituir as relações entre os dois países, qualificou de draconiana a política de Washington com Havana.
É irônico que uma política destinada a isolar Cuba tenha causado o efeito contrário e o que tenha se mantido só é os Estados Unidos, sublinhou o jornal.
Ontem, The New York Times também publicou um relato no qual destacou que “a Assembleia Geral da ONU votou maciçamente pela vigésima terceira vez para condenar” um bloqueio que dura mais de cinco décadas e que a julgamento de especialistas é o mais longo da história.