O movimento grevista das três universidades estaduais em São Paulo terminou vitorioso. No contexto da negociação salarial, foi conquistado o abono e o respeito à data base da categoria.
Vale destacar o absurdo de ter que ser feita uma greve de mais de 100 dias para que a maior universidade do Brasil aceite a negociação com seus próprios funcionários. Deixar que as aulas e outras atividades fiquem paralisadas por tanto tempo é um sinal da distância da sociedade como um todo com relação a educação superior. O reitor deveria ser destituído, bem como toda sua equipe, por desrespeito aos docentes, funcionários, alunos e toda a sociedade que financia a USP.
Vitória: Conselho Universitário da USP aprova abono de 28,6% para funcionários e docentes
Em reunião realizada em 16/9 nas dependências do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), o Conselho Universitário (Co) da USP, após longa discussão, aprovou a concessão de abono de 28,6% para funcionários técnico-administrativos e para docentes, acatando, assim, proposta feita pelo Fórum das Seis ao Cruesp, originada no Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região (TRT-2) durante o processo de dissídio que a Reitoria abriu contra o Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp).
Finalmente prevaleceu o bom senso no Co, que derrubou por 64 votos a 33, com duas abstenções, o parecer contrário à concessão do abono apresentado na ocasião pela Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP).
No início da reunião, a COP apresentou o documento, que prevê impacto financeiro da concessão do abono nas contas da USP da ordem de R$ 85,8 milhões, e recomenda aos membros do Co que não a aprovem. Porém, muitos diretores de unidades pronunciaram-se em seguida em defesa da concessão do abono, que tanto a Unesp como a Unicamp já concederam para as respectivas categorias.
Com informações da ADUSP – associação dos docentes da USP