Ramallah. A Palestina espera encerrar os diálogos com o fim do bloqueio israelense à Faixa de Gaza, quando ambas partes parecem estar dispostas hoje a evitar que o derramamento de sangue continue nesse território.
Levantar o bloqueio à Faixa e reduzir as restrições de movimento das 1,8 milhões de pessoas que vivem aí são requisitos prévios para uma tranquilidade permanente, opinou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
O gabinete de segurança de Israel teve ontem uma reunião para discutir as propostas apresentadas pelos mediadores egípcios, sem que até o momento filtrasse à imprensa qualquer detalhe do que aconteceu a portas fechadas no recinto.
Temas como a livre circulação de pessoas e mercadorias através das passagens fronteiriças são pontos que geram polêmica e, se forem aprovadas reformas por parte de Israel, seria sob certas condições, segundo fontes palestinas.
Outros pontos da agenda de Ramallah são a abertura de um porto marítimo em Gaza e a reconstrução do aeroporto do enclave, destruído em incursões anteriores, tópicos que Israel elude, argumentando que é por razões de segurança.
A delegação da Palestina voltara ao Cairo no domingo para retomar os diálogos de negociação indireta, nos quais o Egito realiza um papel mediador elogiado por ambas partes e autoridades internacionais.
Se for encontrada uma solução política à presente crise, poderia se evitar que o derramamento de sangue continue, pois já causou a morte de 1.963 palestinos e 67 israelenses desde 8 de julho deste ano.