Além das imagens de alta resolução da final da Copa do Mundo no Maracanã, outras imagens marcaram a derrota do Estado de Direito no Rio de Janeiro. A seguir o testemunho e fotos de Valdir Silveira, fotógrafo da Pressenza, que nasceu e mora no Rio:
“Pois é amigos, não bastava pra PM fazer um cordão de isolamento ao redor do Maracanã…. Tinham que demonstrar, da pior forma, que eles podem fazer o que querem… Já não precisa mais de P2 [infiltrados espionando para a polícia]… Porque já não precisa mais nem ter motivo… Qualquer jovem com bandeiras ou uma mochila é uma ameaça…
Era uma tarde bonita e o clima na praça tava bom, mesmo com a presença pra lá de ostensiva da polícia.
Quando o contingente começou a se movimentar é que ficou evidente que ninguém sairia daquele perímetro da praça. Houve tentativa de buscar uma brecha… mas veio gás, bomba e muito pontapé… inclusive na hora chamaram uma ambulância, dando a entender que alguém havia se ferido bem.
A manifestação seguiu circulando pela rua Conde de Bonfim até onde dava com bom clima…
Mas não bastava o cerco… o clima tinha que ficar tenso… e começaram a caça as bruxas… corre-corre atrás de “potenciais” suspeitos… até a cavalaria entrou na busca, como as fotos exibem….
Depois o clima deu uma acalmada, e geral[todo mundo] teve que permanecer na praça enquanto o cerco estava intransponível… inclusive pra moradores… Presenciei um senhor com mais de 60 anos e sua esposa tentando passar pelo cerco pra voltar pra casa… e tiveram seu pedido recusado… alegando que precisava das ordens do Comando.
Todas as esquinas das cercanias estavam tomadas… E descobrimos a abrangência do cerco da forma mais patética.
Achei curioso é que todos os policiais em nenhum momento podiam admitir que se tratava de um cerco.
Fui em todas as barreiras.. e em todas elas eles davam a mesma informação: “tive ordens pra ninguém passar aqui, as outras ruas estão abertas e vc poderá passar.”
Triste constatar que estamos sob um fascismo covarde… pq não nem coragem de admitir.”
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