Por Tony Cartalucci, NEO – TRANSCEND Media Service
Eleições avançam na Ucrânia, obstruídas na Síria, para que assassinatos em massa continuem. O armamento ocidental da democracia.
As primeiras pesquisas começaram sobre a eleição presidencial da Síria, enquanto o país começa a virar a mesa contra terroristas financiados por estrangeiros e restaurar a ordem por todo o país. Foi impossível para a mídia ocidental esconder dezenas de milhares de Sírios pelo mundo todo concentrando números impressionantes e lançando seus votos a favor de ambos o presidente Basha al-Assad e outro candidatos que participam na eleição. Apesar da ansiedade para votar, E.U.A., Reino Unido e Europa, entre outros decidiram condenar as eleições e chegam até a obstruir consultas ao público em outros países.
No artigo da Reuters, dezenas de milhares de Sírios no exterior votam em enquetes antes da eleição, reportou:
Expatriados e aqueles que fugiram da guerra estão lançando seus votos as dúzias para embaixadores Sírios no exterior antes da votação da semana que vem dentro do país que oponentes descartaram como farsa, enquanto os conflitos chegam ao seu quarto ano.
Vários países que se opõe a Assad, incluindo França, bloquearam o voto, mas a mídia governamental da Síria diz que as pessoas ainda podem participar em muitos países.
Reuters continua com anedotas, relatórios infundados para minar a legitimidade das eleições até o momento que diz:
A União Européia afirmou que segurar uma eleição “no meio de um conflito, apenas em áreas controladas pelo regime e com milhões de Sírios desalojados de suas casas seria uma paródia da democracia, não tem credibilidade alguma, e mina os esforços para chegar a uma solução política.
“Segurar as eleições no meio de um conflito, apenas em áreas controladas pelo regime” ser uma “paródia da democracia” e por isso “não tem credibilidade alguma” viria a ser uma afirmação credível vindo da União Européia se a mesma não tivesse aprovado totalmente como credível as eleições na Ucrânia, que foram feitas precisamente sob as mesmas condições. De fato, a U.E. junto com os E.U.A. e o resto da OTAN saudaram as eleições na Ucrânia como um sucesso e imediatamente reconheceram o oligarca bilionário pró-ocidente Petro Poroshenko como o novo “presidente” da Ucrânia.
Porém, o relatório da própria Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) citou como prova que as eleições estiveram “aliadas com comitês internacionais e respeitaram as liberdades fundamentais,” e de fato revelou exatamente as mesmas condições dentro da Ucrânia que a U.E. afirmou terem feito as eleições na Síria uma “paródia”.
No relatório, adimite-se que as eleições que ocorreram no oriente na maioria dos oblasts (N. do E.: espécie de província de estado federal) de Donetsk e Luhansk quase não tiveram votantes. No ocidente onde houve um semblante de votação, o relatório da OSCE adimitiu que partidos de oposição foram regularmente assediados, atacados, e até mesmo expulsos da campanha antes das pesquisas de 25 de Maio. E mesmo enquanto as pesquisas aconteciam, o regime de Kiev supervisionava operações militares em curso no leste do país, incluindo veículos blindados, helicópteros, além de ataques aéreos.
O que a OSCE descreve durante a recente eleição na Ucrânia é exatamente uma “paródia de democracia”. De fato, as eleições na Ucrânia estão mais para uma paródia em realidade documentada do que o que a U.E. afirma acontecer na Síria.
Na Síria, o governo legítimo do país, que governou a Síria por décadas, dirige a nação de volta à ordem, depois de anos de uma mortífera destabilização organizada do exterior. O vitorioso do conflito e a integridade territorial da Síria não estão em questão. Na Ucrânia, as eleições foram organizadas por violentos usurpadores que derrubaram o governo num golpe sangrento liderado por neonazistas literais. Então eles lançaram campanhas militares contra o resto do país numa aposta para consolidar o poder antes de organizarem às pressas as eleições pelo simples propósito de legitimizar o outrora ilegítimo e não-eleito lugar no poder.
Apesar disso, o regime em Kiev não pôde consolidar o poder antes de 25 de Maio, e de fato o país está tão dividido que operações no leste parecem mais com ocupação militar estrangeira do que política interna. A decisão da U.E. de segurar as eleições na Ucrânia é uma tentativa de emprestar a legitimidade necessária à Kiev antes da continuação e intensificação dos esforços para consolidar o poder. Por outro lado, a U.E. não só condena as eleições na Síria, mas bloqueia ativamente os Sírios no exterior de votarem, o que ilustra a falta de legitmidade em geral da União Européia em si. Ainda se chama a atenção as inúmeras instituições que são utilizadas para sustentar uma política enviesada que serve a si mesma.
E enquanto a hipocrisia da U.E. oscila descontroladamente pelos dois extremos do espectro, existe um denominador em comum entre sua posição em relação as eleições na Ucrânia e na Síria. Ambas posições, a favor e contra as eleições, ajudam a perpetuar campanhas de assassinatos em massa sustentados pelo Ocidente atrás de seus interesses territoriais. Na Ucrânia, o ataque ao regime de Kiev no leste da nação é completamente sustentado pelo Ocidente por vários membros da OTAN, que já providenciam suporte material nas operações em curso. Na Síria, desde 2007, o Ocidente conspirou para o uso do extremismo setorial tanto dentro das fronteiras sírias como fora dela, para derrubar o governo em Damascus. Em 2011, essa conspiração alcançou sua realização completamente num mortífro conflito que matou dezenas de milhares, e deixou a Síria em ruínas.
Ao prevenir as eleições de prosseguirem na Síria que daria ao Presidente Bashar al-Assad um mandato renovado ou daria o lugar na função para outro candidato que rejeitou uma militância armada, o Ocidente pode continuar a retratar o conflito como um levante popular, continuar a desestabilizar o país, e talvez até prosseguir sucedidamente a “transição política” (leia: mudança de regime) que tem sido vendida desde pelo menos 2007.
O Ocidente articulou de armar a ajuda humanitária na Síria, e agora, armar até o conceito de votar, para perpetuar o derramamento de sangue e a instabilidade geopolítica. Enquanto o Ocidente cita um crescimento sempre crescente da lista de ameaças que deixam em perigo a estabilidade global que deve chegar até um confronto, fica claro que eles mesmo se tornaram mestres em tornar toda e qualquer coisa em fonte de discórdia e violência mortífera e prolongada – mesmo as eleições.
Tony Cartalucci, escritor e pesquisador de geopolítica alocado em Bangkok.
Matéria Original – journal-neo.org
Tradução: Kinho Schiavo