Que os gastos como estádios da Copa foram exorbitantes está amplamente comprovado: orçamentos que chegaram a mais do que dobrar! Com o financiamento público via BNDES, ficou a impressão que o céu era o limite para os gastos com estádios “padrão Fifa”. População indignada foi pras ruas com toda razão. Porém, sempre se ataca o governo, para a alegria da oposição que não consegue ganhar a presidência nas urnas e para a alegria da mídia tradicional que só quer saber de gente sua em todos os governos.

No entanto, o dinheiro público foi manejado para quem? Para as gigantescas construtoras, elas é que são responsáveis pelos mortos e acidentados em suas obras e pelos orçamentos do tipo o “céu é o limite”. Para apontar estas empresas, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e de outros movimentos sociais fizeram hoje, 08/05, manifestações em suas sedes.

Leia a nota da página do  MTST no facebook sobre as manifestações de 08/05

NOTA DO MTST SOBRE AS MOBILIZAÇÕES DE HOJE 

Este 8 de maio foi um dia de lutas. Dentre outras categorias de trabalhadores que fizeram mobilizações, os movimentos organizados na Frente de Resistência Urbana – incluindo o MTST – lançaram hoje a Campanha Copa Sem Povo, Tô na Rua de Novo.

Realizamos a ocupação das sedes de três grandes empreiteiras em São Paulo, a Andrade Gutierrez, OAS e Odebrecht, esta última conjuntamente com o MST e organizações estudantis. Essas 3 construtoras foram as responsáveis pelas obras de quase todos os estádios da Copa e abocanharam bilhões de reais em recurso público. São as verdadeiras vencedoras da Copa.

Além disso, a Resistência Urbana realizou ações hoje em Curitiba e Belém, com a paralisação de rodovias.

Esta foi a abertura de uma série de mobilizações que realizaremos nas próximas semanas até o Mundial. A próxima será já na semana que vem, dia 15/5.

O objetivo da Campanha e das mobilizações é, além de denunciar os gastos abusivos e efeitos antipopulares da Copa, cobrar do Governo – em seus 3 níveis – medidas que deixem um efetivo legado da Copa no campo dos direitos sociais, para a maioria trabalhadora do país.

Neste sentido não podemos deixar de repudiar as declarações oportunistas de políticos da oposição conservadora, em especial o Senador Aécio Neves, de querer surfar na onda das nossas mobilizações. Aécio e seu partido são grandes representantes do modelo que combatemos e sua defesa de políticas antipopulares vai na contramão das reivindicações das ruas.

O MTST e a Resistência Urbana irão fortalecer nos próximos dias a Campanha Copa Sem Povo, Tô na Rua de Novo, preparando grandes lutas e mobilizações populares. Nossas reivindicações são claras e não se prestam à exploração político-eleitoreira dos partidos conservadores e seus representantes. Estes não nos representam e nem falam por nós.

COORDENAÇÃO NACIONAL DO MTST