Oposicionista Óscar Iván Zuluaga e o candidato à reeleição, Juan Manuel Santos, chegam encostados no final da corrida eleitoral, em pleito que levou menos de 40% dos eleitores às urnas.

Os colombianos voltarão às urnas no dia 15 de junho para escolher quem governará o país pelos próximos quatro anos. Nenhum dos dois principais candidatos que concorreram neste domingo (25/05) – o atual presidente, Juan Manuel Santos, e o ex-ministro da Fazenda Óscar Iván Zuluaga, apadrinhado político do ex-presidente Alvaro Uribe – conseguiu alcançar mais da metade dos votos válidos.

Com praticamente a totalidade das urnas apuradas, Zuluaga, do partido radical de direita Centro Democrático, ficou em primeiro na corrida presidencial, alcançando 29,27% dos votos. Santos, do Partido Social da Unidade Nacional, chegou em segundo, com 25,63%.

Em terceiro lugar, chegou Marta Lucía Ramírez, do Partido Conservador, alcançando 15,56% e, em quarto, Clara López, da aliança de esquerda entre o Polo Democrático Alternatico e a União Patriótica, com 15,25%.

As chances de um segundo turno eram apontadas por pesquisas de opinião realizadas na semana passada, quando passou a valer uma lei que proíbe a divulgação de sondagens nos dias que antecedem o pleito.

Apenas 39,89% dos cerca de 33 milhões de colombianos aptos a votar neste domingo compareceram às urnas – um índice de abstenção histórico.

Negociações com as Farc
A escolha do presidente definirá também como a Colômbia vai lidar com as negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Santos, principal articulador das conversas com os guerrilheiros, retomadas há um ano e meio, tentou convencer os colombianos sobre a importância de se manter o diálogo e de se selar um acordo e acabar com o conflito, que dura 50 anos e já deixou mais de 200 mil mortos.

Zuluaga, por sua vez, declarou que, caso eleito, pretende interromper as negociações do Estado com as Farc. Ele conquistou apoio junto aos cidadãos que questionam a disposição da guerrilha de construir a paz e que veem com maus olhos a possibilidade de os guerrilheiros entrarem para a carreira política.

 

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