Pressenza lançou, junto com redes e pessoas de todo o continente, o “Chamado à Cúpula do G77” a partir da plataforma do Fórum de Comunicação para a Integração de Nossa América, . Convidamos nossos colaboradores, assinantes e leitores para apoiar esta iniciativa aderindo com sua assinatura no link http://integracion-lac.info/llamado-g77
Desde América Latina e Caribe, declarada pela CELAC como Zona de Paz, saudamos a Cúpula do Grupo dos 77 mais China [G77+China], que será realizada em Santa Cruz, Bolívia, nos dias 13 e 14 de junho, ao cumprir 50 anos em defesa dos interesses dos países do Sul global, ao mesmo tempo que fazemos um chamado para que os acordos deste conclave estabeleçam um firme compromisso com a paz mundial, a cooperação e o respeito mútuo entre povos, culturas e países.
Identificamo-nos com os processos de integração de Nossa América e, em particular, com o compromisso da Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos – CELAC – para que a região se consolide como Zona de Paz. Assumimos como nosso “o compromisso dos povos de América Latina e Caribe de fomentar as relações de amizade e de cooperação entre si e com outras nações, independentemente das diferenças existentes entre seus sistemas políticos, econômicos e sociais, ou seus níveis de desenvolvimento; de praticar a tolerância e conviver em paz como bons vizinhos”, com assinala a Proclama de América Latina e o Caribe como Zona de Paz.
Pelo mesmo, chamamos ao G77+China a se fazer eco deste compromisso no plano das relações mundiais.
Além do temário específico da cúpula, entendemos que a paz é uma condição e um princípio que sustenta toda a agenda que tratará o G77+China. Entre outros, apelamos a que seja afirmado nesta Cúpula:
– o compromisso, seguindo o exemplo da CELAC, de impulsionar ativamente a resolução pacífica entre nações, pela via do diálogo e da negociação ou outras formas de solução, e em plena concordância com o Direito Internacional:
– a decisão de fomentar o desarmamento nuclear e a eliminação do uso de outras armas que afetam de maneira indiscriminada a população civil, como as minas terrestres e os ataques com drones; avançar no processo de redução das armas convencionais e evitar inúteis corridas armamentistas, e o compromisso de apoiar uma progressiva desmilitarização:
– uma vontade comum para impedir que as grandes potências desenvolvam seus enfrentamentos no terreno de terceiros países, com está acontecendo na Síria, ou que ameaça acontecer no Irã; assim como para defender a inviolabilidade territorial e exigir a retirada de tropas estrangeiras de todo solo ocupado;
– o impulso da proposta de elaborar um pacto mundial para a proibição da ciberguerra e das ciberarmas;
– uma rejeição contundente à ciberespionagem e acordos para desenvolver sistemas seguros e descentralizados na internet, com plenas garantias dos direitos cidadãos;
– compromissos claros para acelerar a adoção de acordos mundiais vinculantes para salvar nosso planeta da ameaça da mudança climática e da catástrofe ambiental;
– o compromisso de apoiar os esforços para superar o colonialismo no mundo;
– a rejeição firme às tentativas de ingerência externa, destinadas a desestabilizar os processos de mudança que estão sendo construídos na nossa região, e de minar a credibilidade e avanço dos processos de integração.
Por nossa parte, como meios de comunicação, organizações sociais e cidadãs, jornalistas e comunicadores/as, ativistas, acadêmicos/as e demais cidadãos/as, comprometemo-nos a seguir impulsionando a integração em nossa região, assim como a paz e a convivência harmônica no mundo.
Primeiras assinaturas:
Adalid Contreras Baspineiro, Bolivia/Ecuador