O ex-analista da CIA Edward Snowden foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz de 2014 por dois deputados do Partido da Esquerda Socialista da Noruega.
por Esquerda.net Publicado pelo Portal Carta Maior
O ex-analista da CIA Edward Snowden foi nomeado para o Prêmio Nobel da Paz de 2014 por dois deputados do Partido da Esquerda Socialista da Noruega, por ter contribuído para uma ordem mundial “mais pacífica e estável” ao revelar a vigilância em massa de comunicações telefônicas e de Internet levada a cabo pela Agência de Segurança Nacional da administração de Barack Obama. Os deputados, Bård Vegar Solhjell e Snorre Valem, alegam que “os seus atos reinstauraram a confiança e a abertura como princípios fundamentais na política de segurança”, lê-se no documento que enviaram ao Comité Nobel norueguês, instituição que concede o prémio.
Segundo os deputados, a dimensão do nível de vigilância e espionagem “paralisou-nos” e criou um debate em nível mundial. Na sua opinião, as revelações de Snowden ajudaram a difundir o conhecimento crítico dos modernos sistemas de vigilância a estados e indivíduos. O Partido da Esquerda Socialista teve 4,1% dos votos e tem 7 deputados eleitos em 2013.
O único que não é entregue em Estocolmo
De acordo com o testamento do milionário sueco Alfred Nobel, criador dos centenários prémios, podem nomear candidatos ao prêmio da Paz, o único que não é entregue em Estocolmo, catedráticos de Universidade em Direito ou Ciências Políticas, parlamentares ou antigos laureados.
Só se os autores da nomeação a tornam pública é que se pode conhecer a identidade dos candidatos, já que o Comitê Nobel norueguês não confirma nomes, só o número total de candidatos, que no ano passado atingiu o recorde de 259.
O vencedor do Nobel da Paz em 2013 foi a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), distinguida por seus “amplos esforços” para eliminar esses arsenais.
Petição “Um Lar para Snowden” com mais de um milhão de assinaturas
Entretanto, a petição “Um Lar para Snowden” já superou o milhão de assinaturas a pedir à presidenta Dilma Rousseff que lhe dê asilo no Brasil, considerado “o lar perfeito para um homem que sacrificou sua vida para divulgar a invasiva e ilegal espionagem dos EUA”. Às 14 horas de quinta-feira 30 de janeiro, a petição tinha 1.086.290 assinaturas.