Cairo – Os delegados permanentes dos países que integram a Liga Árabe acusaram hoje (27) o regime sírio de ser responsável pelo ataque de quarta-feira passada (21) nos arredores da capital, Damasco, alegadamente com armas químicas. Após uma reunião extraordinária na capital egípcia, os representantes dos países árabes denunciaram “um crime horrível com armas químicas proibidas internacionalmente” e atribuíram “a responsabilidade total” ao regime sírio.
Os países da Liga Árabe pediram que os autores do ataque, que classificaram de “criminosos de guerra”, compareçam perante a Justiça internacional.
A Liga Árabe fez também um apelo ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para “que sejam ultrapassadas as divisões” e se dê fim ao “genocídio praticado pelo regime sírio ao longo de dois anos”.
A Argélia e o Iraque abstiveram-se e o Líbano votou contra a decisão da Liga Árabe, que suspendeu a Síria em 2011. O assunto deve voltar a ser discutido pelos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes no dia 3 de setembro.
Na Arábia Saudita, o príncipe Saud Al Faisal, ministro dos Negócios Estrangeiros, pediu uma ação “firme e séria” contra o regime sírio. “A situação recomenda uma atitude firme e séria para pôr fim à tragédia humana do povo sírio”, disse Faisal. Para ele, o regime de Bashar Al Assad “perdeu a identidade árabe”.