Washington – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje (30) que ainda não tomou uma “decisão final” sobre um eventual ataque à Síria, mas admitiu uma ação “limitada” dos Estados Unidos contra o regime de Bashar Al Assad pelo uso de armas químicas. Mais cedo, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que uma ação militar contra a Síria terá alvos precisos e não terá participação de tropas terrestres.
Obama disse que o uso de armas químicas pela Síria ameaçaria a segurança nacional norte-americana e insistiu que o mundo não pode aceitar que mulheres e crianças sofram ataques com gás. O presidente citou dados de um relatório do serviço secreto norte-americano, segundo o qual 1.429 pessoas morreram, entre as quais 426 crianças, em um ataque químico atribuído ao regime sírio nos arredores de Damasco em 21 de agosto.
Obama, que falou da Casa Branca antes de participar de um encontro com presidentes dos países bálticos, condenou “a impotência” do Conselho de Segurança das Nações Unidas perante a questão síria, uma vez que a Rússia, um forte aliado da Síria, bloqueou qualquer intervenção militar.
O presidente norte-americano apelou para que o mundo não fique “paralisado” perante a situação na Síria, em uma reação à rejeição, pelo parlamento britânico na quinta-feira, de uma participação de Londres em uma intervenção armada contra o regime de Bashar Al Assad.
Segundo John Kerry, uma ação militar na Síria terá o apoio de aliados como a França, a Liga Árabe e a Austrália e que os Estados Unidos, se fizeram o ataque, não pretendem “repetir a experiência do Iraque”, referindo-se ao início da invasão iraquiana, com base em informações sobre armas de destruição de massa que posteriormente se revelaram falsas.