Cochabamba, Bolívia, 31 jul (Prensa Latina) A Cúpula Anti-imperialista convocada pelo chamado Pacto Social boliviano dará início hoje nesta cidade do centro do país, e para a inauguração espera-se a presença do vice-presidente Alvaro García Linera e do chanceler David Choquehuanca.
O ministro de Relações Exteriores e o presidente da Assembleia Legislativa Plurinacional serão os últimos oradores de um dia iniciado com o credenciamento das delegações convidadas à reunião, algumas das quais chegaram desde ontem.
Os primeiros a chegar foram os nicaraguenses, representantes da Juventude Sandinista 19 de Julho, enquanto está prevista a chegada dos representantes cubanos e o grosso dos delegados argentinos, os quais chegarão em massa do referido país.
As atividades oficiais se iniciarão pouco antes do meio dia no Hotel Cochabamba, sede principal e vila do evento, com discursos de representantes da cada um dos movimentos sociais, os quais antecederão a Choquehuanca e García Linera.
Amanhã continuará o trabalho em comissões, as quais, em um total de cinco, se realizarão também no referido hotel, e para a a sexta-feira está previsto um ato de massas na central avenida Blanco Galindo, que encabeçará o presidente Evo Morales.
A chamada Cúpula Anti-imperialista foi convocada em princípios de mês por cinco organizações sociais bolivianas com a intenção de condenar o bloqueio que sofreu o presidente Evo Morales em seu regresso da Europa em 2 de julho, Morales voltava de Moscou, onde participou no Foro de Nações Exportadores de Gás e se reunião com o mandatário russo, Vladimir Putin, mas os governos da França, Espanha, Itália e Portugal impediram o sobrevoo e operações do avião presidencial, o que levou-o a realizar uma aterrissagem de emergência em Viena, Áustria.
O primeiro mandatário indígena permaneceu 15 horas retido no aeroporto da capital austríaca, onde o embaixador espanhol, Alberto Carnero, tentou revistar seu avião em mais de uma oportunidade para ter certeza que não viajava a bordo o ex-agente estadunidense Edward Snowden, buscado por Washington.
Desde o primeiro momento, governos e organizações sociais de todo mundo expressaram seu repúdio às posições dos referidos governos, os quais, nas semanas seguintes, ofereceram suas desculpas ao mandatário boliviano.
À Cúpula de Cochabamba, segundo cifras oferecidas pelos organizadores, devem participar umas 1.200 pessoas de mais de uma dezena de países, dos quais cinco se encontravam já na sede ao finalizar a tarde anterior.