Convocado pelos Metroviários, movimentos sociais e entidades sindicais, ato promete marcar a volta das grandes manifestações de rua em São Paulo. Concentração está marcada para às 15h, no Vale do Anhangabaú, na capital.
Um ato de protesto contra o esquema de cartel em licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô promete marcar a volta das grandes manifestações de rua em São Paulo. Convocado pelos Metroviários, movimentos sociais e entidades sindicais, o ato ocorre nesta quarta-feira feira (14), no Vale do Anhangabaú, região central da capital.
Para o secretário geral do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo, Paulo Pasim, o ato também é uma forma de pressionar para que as investigações avancem.
“Eu só acredito que essa situação toda vá ser investigada e esse dinheiro voltar para ser aplicado no Metrô e na ferrovia se a população sair às ruas e exigir transporte realmente público e de qualidade.”
O esquema, que contou com a participação da empresa alemã Siemens, foi denunciado no dia 14 de julho. Segundo a multinacional, as irregularidades envolviam os contratos das linhas de metrô assinados entre os anos de 1998 e 2007, todos em gestões do PSDB.
O prejuízo causado aos cofres públicos pelo esquema já é estimado em R$ 557 milhões. Dinheiro que, segundo Pasim, poderia ser investido em melhorias para os usuários.
“Com esse dinheiro daria para reduzir ainda mais o preço da tarifa, poderia se ampliar a rede metroferroviária, poderia se reduzir ou até acabar com esse número de falhas técnicas e acidentes.”
A concentração para o ato está marcada para às 15h, no Vale do Anhangabaú. Os manifestantes devem fazer uma passeata pelas ruas da região central da cidade até a sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, para entregar uma pauta de reivindicações ao titular da Pasta.
De São Paulo, da Radioagência NP, Leonardo Ferreira.