Portugal, França e Itália fecharam seus espaços aéreos ao avião de Evo Morales, que retornava da Rússia. Presidente boliviano ressaltou que “não nos deixaremos ser intimidados, esse é o tempo dos povos”.
Após Portugal, França e Itália terem fechado seus espaços aéreos, o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, deixou a Áustria, onde foi obrigado a fazer uma escala de 13 horas. Evo Morales afirmou nesta quarta-feira (03) que a proibição de voo em terras europeias responde a uma “política imperialista que busca amedrontar e ameaçar a todos os países e governos que pensam diferente e não se rendem a interesses hegemônicos”.
Morales negou “qualquer conduta irregular” da aeronave presidencial, que vinha da Rússia, em viagem oficial, e foi desviada para a Áustria. Ele declarou: “não sou um criminoso” e “não vão nos assustar. Somos um país pequeno, mas com dignidade”.
O governo boliviano afirma que o pedido de fechamento do espaço aéreo europeu veio por parte do governo dos Estados Unidos, devido a suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estava a bordo.
Snowden é acusado de espionagem pelos Estados Unidos e está em um aeroporto da Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. A Bolívia é um dos 21 países aos quais Snowden pediu asilo político.
Diversos líderes sul-americanos declararam repúdio ao ocorrido com o presidente boliviano e sugeriram convocar uma reunião de emergência da Unasul, que engloba 12 países, inclusive o Brasil.
De São Paulo, da Radioagência NP, com informações do Opera Mundi, Vivian Fernandes.