Port Louis, 31 mai (Prensa Latina) A Federação Internacional de Futebol (FIFA) aprovou hoje durante seu Congresso, realizado aqui, uma resolução que exige sanções mais duras aos que cometeram atos de racismo.
A moção recebeu apoio majoritário, mas não unânime, pois teve um voto contra (204-1).
Não sei se houve algum erro na votação, porque deveria ser de 100%, lamentou o presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter.
O sul-africano Tokyo Sexwale, que esteve durante anos na prisão de Robben Island junto com Nelson Mandela em sua luta contra o appartheid, preferiu pensar na hipótese do erro.
Todos juntos devemos dizer não ao racismo, um problema no mundo, destacou Sexwale.
A resolução elaborada por um grupo de trabalho dirigido pelo presidente da Confederação Norte, Centro-americana e do Caribe (Concacaf), Jeffrey Webb, contempla a retirada de pontos e da competição em casos graves.
Segundo o texto, o primeiro ato de racismo ou discriminação deveria ser penalizado com uma advertência, multa e/ou a realização de um jogo a portas fechadas.
Para reincidentes ou incidentes graves, deveria ser aplicada a redução de pontos ou a expulsão da competição, agrega a resolução.
Há apenas duas semanas, o presidente da FIFA considerou excessivamente benigna a sanção de 50 mil euros (65 mil dólares) imposta à Roma por uns incidentes racistas no campeonato italiano.
Não me sinto satisfeito e me dirigirei diretamente à Federação italiana, essa não é a maneira de tratar estas questões, disse o dirigente suíço sobre a multa.