O movimento pede uma profunda reforma educacional e a restatização das jazidas de cobre. Dezenas de barricadas foram construídas, além de paralisação dos trabalhos em minas de cobre e em portos.
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A capital chilena Santiago parou com um protesto organizado por estudantes, mineiros e portuários na quarta-feira (26). Dezenas de barricadas em chamas foram construídas pelas ruas da cidade, além de paralisação dos trabalhos em minas de cobre e em portos por todo o país. O movimento pede uma profunda reforma educacional e a restatização das jazidas de cobre privadas para financiar a gratuidade no ensino público.

Cerca de 100 mil pessoas participaram das manifestações em Santiago, que tem população de 6 milhões de habitantes. A ação unitária foi convocada pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), a Confederação dos Trabalhadores do Cobre (CTC), o sindicato interempresas SITECO e a União Portuária.

A polícia reprimiu os manifestantes com jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo, e ainda efetuou a prisão de dez pessoas.

A repressão também veio do Executivo. O presidente Sebastián Piñera anunciou o envio ao Congresso de uma nova lei para combater as desordens públicas, dando meios à polícia de identificar os manifestantes preventivamente. Piñera já havia enviado medida que classifica como crime insultos contra policiais.

Os protestos estudantis no Chile iniciaram em 2011, e neste ano ocorre uma radicalização e uma unidade com outros setores de trabalhadores. Este é um ano de eleições presidenciais no Chile.

De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.