Damasco, 11 mai (Prensa Latina) A denúncia da Síria na ONU sobre a utilização do terrorismo como política de alguns Estados contra este país árabe é destacada hoje por meios nacionais.
Vários jornais e redes de televisão dedicam espaços a expor a intervenção ontem de Bashar al-Jaafari, representante permanente ante as Nações Unidas, quem assegurou que a propagação do extremismo nesta nação é apoiada por muitos governos que alegam lutar contra esse flagelo.
Al-Jaafari recordou durante a sessão do Conselho de Segurança para escutar os relatórios dos comitês de luta contra o terrorismo, que alguns de seus membros obstaculizaram nove vezes a emissão ao menos de um comunicado de condenação aos atentados que mataram a centenas de cidadãos sírios inocentes.
Considerou que os atuais acontecimentos demonstram os contínuas alertas de Damasco sobre a presença de grupos terroristas armados, alguns vinculados à rede Al Qaeda, além de mercenários e extremistas estrangeiros.
Neste sentido expôs que a frente Al-Nusra, filial da Al Qaeda, reconheceu em seu site que só em 2012 cometeu mais de 600 atentados terroristas na Síria.
De acordo com o delegado sírio, a subversão, a sabotagem a hospitais, escolas, universidades, mesquitas, igrejas, aeronaves e missões diplomáticas; o saque de fábricas, a eliminação de servidores públicos e clérigos e a destruição de lugares sagrados e do patrimônio nacional pelos irregulares não pode ser apresentado como interesse do povo, como alegam alguns.
Argumentou que Damasco solicitou faz dois meses formalmente ao Conselho de Segurança a inscrição da Al-Nusra dentro da listagem de pessoas e entidades vinculadas à organização terrorista Al-Qaeda, sem que até o momento se tenha dado um só passo nesse sentido.
Síria enviou mais de 160 cartas sobre os atentados que têm golpeado seu território, ao mesmo tempo em que em relatórios das Nações Unidas e centros de investigação ocidentais se confirmou a entrada de terroristas de todo mundo a nosso território nacional, precisou,
No entanto, segue ausente uma decisão do Conselho de Segurança para pôr em prática as resoluções sobre a luta contra esse fenômeno, lamentou Al-Jaafari.
O diplomata considerou que o fracasso do Conselho de Segurança para assumir suas responsabilidades e condenar a recente agressão israelense na capital síria, conduz à escalada da tensão no Oriente Médio, o que poderia desencadear uma guerra que ameace a paz e segurança internacional.