Assunção, 15 mar (Prensa Latina) A esquerda paraguaia, encabeçada pela Frente Guasú, coalizão de partidos e organizações sociais, apelaram ante UNSAUL, a OEA e a União Européia pela discriminação de que é objeto no atual processo eleitoral. As três instâncias internacionais que participarão como observadoras durante as eleições do próximo 21 de abril começaram a receber os assinalamentos fatos, tanto pela Frente como por Kuña Pyrenda e Partido dos Trabalhadores, contra o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE).

As críticas são originadas pela já anunciada apresentação a partir deste domingo de duas correntes televisivas com a participação dos candidatos presidenciais, mas excluindo aos de esquerda e o justificando com o suposto resultado de um estudo de opinião.

Ante uma ação apresentada na contramão desta situação, uma juíza do tribunal eleitoral de Assunção disse que era impotente para suspender os debates e terminar com a assinalada discriminação pelo caráter privado das empresas patrocinantes das duas transmissões anunciadas. Além da denúncia ante as entidades que actuarão como observadoras das votações do 21 de abril, o protesto dos afetados, quem consideram são violados seus direitos constitucionais, se desenvolverá durante sábado e domingo nas ruas desta capital.

O reclamo da Frente Guasú e os partidos que se uniram a sua demanda constituirá, segundo Ricardo Canese, um de seus principais dirigentes, a demonstração de uma progressiva perda de legitimidade das eleições provocada pelos mesmos autores do golpe de Estado de junho passado.