Santiago do Chile, 21 fev (Prensa Latina) A Rede pelos Direitos Educativos e Linguísticos dos povos indígenas do Chile convocou várias organizações para hoje, para comemorar o Dia Internacional da Língua Materna.
Com marchas, concentrações, fóruns e outras manifestações, os grupos indígenas e pessoas comprometidas com a defesa das comunidades originárias no Chile se propõem, entre outros desafios, promover a aprovação de uma Lei de Direitos Linguísticos dos povos indígenas.
Além disso, exigir o reconhecimento das línguas indígenas como nacionais e oficiais em cada território, e promover a proliferação de espaços de ensino-aprendizagem das línguas originárias.
Na cidade de Temuco ao sul, na Região da Araucania, região de população mapuche, foi convocada uma grande marcha, que começará na Plaza del Hospital.
O Dia da Língua Materna ficou estabelecido pela UNESCO em 1999 em homenagem aos jovens Abul Barkat, Rafiquddin Ahmed e Shafiur Rahman, baleados no dia 21 de fevereiro de 1952 durante uma manifestação que exigia o reconhecimento do idioma Bangla como uma das línguas oficiais do Paquistão.
A Rede pelos Direitos Educativos e Linguísticos dos povos indígenas do Chile considera que existe uma deterioração alarmante no uso e transmissão das línguas indígenas.
“É necessário voltar a utilizar as línguas: pedir às idosas e idosos que ensinem às meninas e meninos, pressionar o Estado chileno para que cumpra com as obrigações contraídas na assinatura de acordos internacionais que velam pelos direitos dos povos indígenas e suas línguas”, afirmou a organização.
A Rede considera necessária a criação de escolas bilingues, e programas de educação intercultural para todos os cursos profissionais com pertinência cultural, entre outras medidas.