O ministro de Economia e Finanças Públicas de Bolívia, Luis Arce, informou nesta quinta-feira que desde o ano 2006 se reduziu ao menos 60 vezes a diferença de rendimentos econômicos entre os mais ricos e os mais pobres no país.
Arce informou que durante os governos neoliberais, os 10 por cento mais ricos da população boliviana gerava ao redor de 95 vezes mais dinheiro que os 10 por cento mais pobres, brecha que ficou reduzida nos últimos sete anos.
“O Governo tem já os dados sobre como tem sido reduzida a pobreza todo este tempo, são indicadores muito interessantes, a redução da distancia entre o mais rico e o mais pobre. Hoje essa distância encurtou-se a 36 vezes, são 60 vezes que se reduziu o abismo entre os mais ricos e os mais pobres”, asseverou Arce aos meios de comunicação.
De acordo com Arce, Bolívia deixou de ser o país com maiores índices de pobreza de América Latina, graças a políticas impulsionadas pelo governo central para conseguir uma distribuição econômica equitativa.
O titular da carteira de Economia e Finanças disse que nos últimos anos, 20 em cada 100 habitantes das áreas rurais do país abandonaram a condição de extrema pobreza.
O presidente Evo Morais propôs há umas semanas uma Agenda Patriótica com 13 pilares, orientados a eliminar a extrema pobreza em Bolívia antes de 2025. O chefe de Estado boliviano enfatizou que os 13 pilares são para consolidar a Bolívia para o 2025 como um país: livre de pobreza, com serviços básicos, industrializado, sem dependência econômica, com soberania alimentaria, alta tecnologia, cobertura total de saúde, educação, volta ao mar, entre outros.
Durante a última Cúpula dos Povos da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC), o mandatário boliviano destacou os avanços de seu governo em políticas de inclusão social.
Nessa reunião, o presidente boliviano destacou que a política econômica de seu governo permitiu a 1,3 milhões de cidadãos, em particular a camponeses indígenas, abandonar a extrema pobreza entre 2006 e 2012.
“Em nosso país, a extrema pobreza reduziu-se em 1,3 milhões de habitantes, segundo organismos internacionais’, afirmou o mandatário, quem detalhou que se trata “do 10 por cento da população de Bolívia, que é de 10,3 milhões de habitantes, que deixou de viver com menos de médio dólar ao dia”.
“Nossas políticas frutificaram para que nossos irmãos do campo abandonem a extrema pobreza”, enfatizou.