Brasília – Representantes do governo colombiano, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) retomaram dia 14 as negociações em busca de um acordo de paz. A reunião ocorre em Havana, capital cubana. Autoridades de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega fazem a mediação das negociações. A delegação do governo é chefiada por Humberto de la Calle. As Farc são representadas por Ivan Marquez.
Para essaa reunião há um documento com 11 volumes, reunindo 546 propostas apresentadas pela sociedade civil, as Nações Unidas e a Universidade Nacional da Colômbia. A segunda fase das conversas entre o governo, as Farc e o ELN terá como foco a questão agrária. Há ainda mais quatro aspectos que devem ser abordados pelos negociadores – as drogas ilícitas, a participação política, o abandono de armas e a reparação às vítimas.
“O momento é de definições e não de discursos. O governo quer acabar com o conflito como um primeiro passo para avançar na construção de uma paz estável nesse cenário, em que se encaixam as Farc. É nesse processo que estamos trabalhando”, disse de la Calle.
O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, Prêmio Nobel da Paz de 2002, participa das reuniões em Havana. Segundo ele, é fundamental buscar alternativas para acabar com a guerra que envolve também o tráfico de drogas. Na sua opinião, houve avanços significativos nas conversas que começaram em novembro de 2012.
O governo do Brasil colocou-se à disposição do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para colaborar nas negociações. Santos conversou por telefone sobre o assunto com a presidenta Dilma Rousseff. As autoridades brasileiras deverão encaminhar às colombianas informações sobre a questão agrária no Brasil.
Matéria de Renata Giraldi, Repórter da Agência Brasil