A presidenta Dilma Rousseff homenageou hoje (7) o arquiteto Oscar Niemeyer na abertura da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, no Palácio Itamaraty. Emocionada, Dilma lembrou frase do arquiteto segundo a qual sem sonhar, nada acontece, e defendeu a busca pela integração regional para avançar econômica e socialmente.
“Niemeyer dizia que a gente tem de sonhar, senão, as coisas não acontecem. Nós, que temos o sonho de uma América Latina desenvolvida, com oportunidades iguais e uma sociedade democrática pacífica, nós sabemos o valor do nosso sonho e da integração latino-americana”, disse Dilma, acompanhada por presidentes sul-americanos e ministros.
A presidenta ressaltou ainda que Niemeyer deixa um “legado eterno”. Dilma lembrou que a “sinuosidade da curva de Niemeyer desenhou Brasília” e que ele “lutou por uma sociedade igualitária”. O arquiteto morreu anteontem (5), no Rio de Janeiro, vítima de complicações renais e desidratação. Ele estava internado desde o mês passado.
Participam da cúpula Dilma e os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia), Donald Ramotar (Guiana) e Desi Bouterse (Suriname), além da vice-presidenta do Peru, Marisol Cruz, e dos vice-chanceleres Alfonso Silva (Chile) e Monica Lanzetta (Colômbia), assim como o ministro de Minas e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados.
Com a adesão da Venezuela, o bloco passou a 72% do território da América do Sul – aproximadamente três vezes a área da União Europeia. Com os venezuelanos, o Mercosul também cresceu o Produto Interno Bruto (PIB) para US$ 3,32 trilhões. A população do bloco é 275 milhões de habitantes.