São Paulo – O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse em nota ter recebido com “com grave preocupação e desapontamento” o anúncio de Israel de que pretende construir outro assentamento com 3 mil novas casas em Jerusalém Oriental e outras localidades da Cisjordânia.
“Os assentamentos são ilegais sob a lei internacional”, disse o porta-voz de Ban Ki-moon no comunicado. “Se o assentamento E-1 for construído, isso representaria um golpe quase fatal para as chances remanescentes de se assegurar uma solução de dois Estados.”
Reino Unido, França e Suécia convocaram hoje (3) os embaixadores israelenses de seus países para uma reunião para obter esclarecimentos sobre a decisão de Israel de construir os novos assentamentos no território palestino. A Alemanha, considerada o aliado mais próximo de Israel na Europa, fez um apelo para que o país a se abstivesse da expansão de assentamentos, e a Rússia disse que viu a ação israelense com preocupação.
Se a intenção do governo do primeiro ministro Benjamin Netanyahu for bem sucedida, o projeto não apenas ligaria um grande assentamento judaico a Jerusalém como dividiria a Cisjordânia em duas, comprometendo seriamente ou mesmo inviabilizando a contiguidade e soberania de um Estado Palestino. O plano do governo conservador de Netanyahu, batizado de E-1, atravessa uma área controlada pela Autoridade Nacional Palestina.
Segundo com diplomatas europeus consultados pela mídia internacional, Londres e Paris ainda consideram retirar seus embaixadores do país pela primeira vez e aprovar outras medidas retaliativas.
Matéria da Redação da Rede Brasil Atual