Hoje é o quarto dia* que Juan Recio, trabalhador do Hospital da Princesa de Madri, está em greve de fome. “Minha luta, afirma, é em favor de que a saúde continue sendo cento por cento pública, universal e gratuita”, além de que este hospital madrilenho siga sendo, como tem sido até agora, um hospital geral e não uma espécie de geriátrico, segundo previsões do Conselho de Saúde.
Não é a primeira vez que Juan se põe em greve de fome e seu estado físico e moral é bom, “com ânimo e forças para seguir até o final e para ir à concentração diária das 11 e 18h “. Sua defesa do que é público e a denúncia dos planos de privatização, que vem fazendo faz anos (inclusive quando com outros colegas de CGT (o sindicato Confederação Geral de Trabalhadores) eram só uns poucos que se manifestavam chamando a atenção e sendo respondidos com um silêncio cúmplice, tanto de outras organizações sindicais e partidos como dos meios de comunicação.
É o mesmo silêncio que hoje, quarto dia da greve de fome, seguem mostrando os grandes meios de comunicação ante este protesto.
Esta ação é uma mais das muitas e muito diversas que trabalhadores sanitários e outros coletivos estão levando adiante, na contramão dos planos recém aprovados de privatização da Saúde Pública madrilenha, além dos cortes de despesas. Ambas as coisas significarão a deterioração da atenção médica e, por tanto, da saúde da população, especialmente os setores mais vulneráveis (doentes crônicos, idosos, imigrantes, etc.).
* Matéria publicada em espanhol no dia 24/12