Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, René González e Gerardo Hernández foram condenados por informar sobre planos de ações violentas contra Cuba organizadas por grupos terroristas baseados em território norte-americano.
Estamos ante um caso político -recalcou a jurista- e a única forma que temos dos fazer regressar a seus lares é insistindo com a opinião pública, dando a conhecer a verdade sobre as continuas violações realizadas contra eles.
Devemos denunciar essas arbitrariedades ante as organizações internacionais para que se pronunciem a favor deste caso; já temos de nossa parte- acrescentou- a importantes personalidades e outras se somam ao reclamo dentro dos Estados Unidos.
O que se está fazendo agora é uma solicitação de revisão ao amparo das violações das garantias constitucionais relacionadas com o devido processo, o direito à defesa e a um julgamento justo e um júri imparcial, explicou Piñera ao oferecer uma atualização do tema.
Disto tratam os Habeas Corpus que se interpuseram- assinalou- e já se entregou a informação suficiente à juíza sobre a contratação de jornalistas que de maneira ilegal deram serviço à promotoria manipulando a verdade sobre o caso.
Piñera criticou a duvidosa moral da luta contra o terrorismo que promove Washington no mundo, enquanto mantém a pessoas que o praticam de maneira sistemática em seu território.
As desproporcionadas condenações impostas aos Cinco contrastam claramente com as aplicadas em anos recentes nos EUA a outras pessoas acusadas por praticar realmente a espionagem às vezes a escalas inusuais e inclusive em alguns casos vinculadas a ações na contramão dos Estados Unidos, de acordo com documentos publicados sobre o tema.
Nenhum deles foi condenado a corrente perpétua; todos receberam sentenças inferiores, alguns já inclusive cumpriram suas sentenças e se encontram em liberdade, e outros, condenados por espionagem, lhes foram retirados os cargos pelo governo.
Exemplos disso se assinala o caso de Khaled Abdel-Latif Dumeisi, acusado de ser um agente não registrado do governo de Saddam Hussein. Foi condenado em abril de 2004, no meio da guerra dos Estados Unidos contra Iraque, a três anos e 10 meses de prisão.
Outro fato pontual, assinalam essas fontes, é o do assistente militar dos vice-presidentes Al Gore e Dick Cheney, Leandro Aragoncillo, considerado culpado em julho de 2007 de transmitir informação secreta de defesa nacional dos Estados Unidos (ao redor de 800 documentos classificados).
Aragoncillo foi condenado a 10 anos de prisão, enquanto seu co-conspirador, Michael Ray Aquino, recebeu uma sentença de seis anos e quatro meses.
Especialistas como os generais Charles Whilhem e Edgard Atkinson, o almirante Eugene Carol, o coronel George Busckner, e inclusive, o ex diretor da Agência de Inteligência do Pentágono, James Clapper, negaram que os Cinco tivessem acesso a dados classificados ou segredos, em declarações públicas.