Neste momento, a zona encontra-se dentro do território declarado em Estado de Alerta Amarela pelo governo nicaraguense devido aos danos severos ocasionados ao rio pela construção de uma estrada de 160 quilômetros paralela a sua margem direita.
As mais altas autoridades do Executivo manifestaram nos últimos dias grande preocupação diante da perda de navegabilidade do corpo de água, da diminuição do número de espécies de animais, da erosão dos solos e de possíveis inundações nas comunidades humanas vizinhas.
De acordo com especialistas em meio ambiente, as precipitações próprias do inverno poderiam desatar uma situação de emergência no território devido ao aumento de sedimentos que caem no rio e à conseguinte perda de calado.
Estes aspectos, entre outros, serão abordados na Feira presidida pelo deputado Edwin Castro, coordenador da bancada da Frente Sandinista de Libertação Nacional no Parlamento, organismo que tem condenado reiteradamente os danos ao ecossistema.
A Corte Centro-americana de Justiça (CCJ) emitirá sentença definitiva nos próximos dias sobre esta situação, em resposta a uma demanda apresentada pelo Fórum Nacional de Reciclagem e pela Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Sustentável.
O Tribunal regional dispôs como medida cautelar, em janeiro, a suspensão da estrada depois de comprovar no lugar os efeitos gerados sobre o ecossistema.
Por sua vez, o Governo da Nicarágua foi à Corte Internacional de Justiça (CIJ), a mais alta instância judicial das Nações Unidas, para que o mesmo opine sobre os danos e imponha medidas de ressarcimento.