A norma, denominada como Reparação Integral, prevê uma indenização para os familiares de cidadãos uruguaios vítimas do terrorismo de Estado , que durou de entre 1968 e 1985.
Também serão entregues nesta tarde documentos que comprovam a condição de vítimas dos que foram perseguidos pelo regime ditatorial país à época. Com isto, o Governo uruguaio cumpre com algumas indicações feitas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para reparar as agressões da ditadura.
Em 2011, a CIDH havia obrigado o Uruguai a realizar um ato reparatório para as vítimas da ditadura no país entre 1973 e 1985. Em março, o presidente uruguaio José Mujica reconheceu a responsabilidade do Estado pelo crimes da ditadura. A CIDH já havia condenado o país pela falta de investigação no desaparecimento da nora do escritor argentino Juan Gelman.
A postura da CIDH vem sendo a mesma com diversos países em relação aos crimes cometidos pelo Estado em períodos ditatoriais. A Comissão também abriu neste ano investigação contra o Estado brasileiro para a apuração da morte do jornalista Wladimir Herzog em 1975, durante a ditadura militar.