Serão julgados 25 acusados pertencentes ao Exército, Policia militar, Polícia Federal, polícias de Neuquén e Rio Negro, e de serviços de inteligência, por delitos de lesa humanidade em prejuízo de 39 vítimas.
Nesta segunda etapa não só será divulgada a responsabilidade dos chefes militares como no primeiro julgamento, mas a atuação dos supostos integrantes dos grupos de tarefas que atuaram em Roca, Cipolletti, Cinco Saltos, Junín dos Andes, Cutral Co e Neuquén.
No entanto, a partir de 15 de março o ex-ditador Jorge Rafael Videla será julgado em Tucumán pela morte, em 1978, do militante do Exército Revolucionário do Povo Osvaldo De Benedetti.
Além de Videla, serão julgados os repressores Luciano Benjamín Menéndez, Jorge Eduardo Gorleri, Héctor Hugo Lorenzo Chilo, Alberto Carlos Lucena e Jorge González Navarro.
Também dia 15 de março, mas em La Rioja, começará o julgamento pelo assassinato dos sacerdotes Carlos Murias e Gabriel Longueville, conhecidos como “os mártires de Chamical”.
Murias e Longueville foram assassinados com vários disparos, estavam com as mãos amarradas e os olhos vendados, nas periferias dessa cidade, 17 dias antes da morte do bispo Enrique Angelelli.
Será julgado o então vice-comodoro Luis Fernando Estrella, ex-segundo chefe da Base Aérea de Chamical.
Também estão acusados Menéndez; e o ex-comissário da polícia de Chamical, Domingo Vera.
No entanto, em Entre Rios, dia 21 de março será iniciado o julgamento por crimes cometidos nas cidades de Concordia, Concepção do Uruguai e Gualeguaychú, que tem como acusado o ex-ministro do Interior da ditadura Albano Harguindeguy.
Neste processo serão julgados 9 ex-militares e policiais por 28 casos de sequestros, torturas e desaparecimentos forçados.
Também serão julgados o ex-comandante do 2° Corpo do Exército de Rosário, Ramón Genaro Díaz Bessone; o ex-chefe do Regimento de Concordia, Naldo Miguel Dasso; o ex-chefe do Regimento de Gualeguaychú, Juan Miguel Valentino, o ex-chefe de Seção nessa mesma guarnição militar, Héctor Carlos Kelly del Moral.
Outros repressores que também serão julgados são o ex-chefe Departamental da Polícia de Gualeguaychú, Marcelo Alfredo Pérez; o ex-chefe da Divisão de Operações e Segurança da Polícia, Juan Carlos Mondragón; e os policiais federais Francisco Crecenso e Julio César Rodríguez.
Também dia 21 de março começará em Posadas, o quarto Julgamento pela Verdade, no qual serão julgados os ex-membros da polícia provincial acusados de diversos delitos de lesa humanidade.
Os acusados são Carlos Omar Herero, Guillermo Roque Mendoza, Julio Argentino Amarilla e Carlos Alberto Pombo, todos acusados por sequestro e torturas em diferentes graus.
Em Santa Fé, no entanto, dia 22 de março, começará o julgamento contra o ex-policial Juan José Luis Gil, acusado por ameaças e coações contra funcionários judiciais, vítimas e querelantes que intervieram numa causa por crimes contra os direitos humanos que se tramita ante o Tribunal Federal de Reconquista.