Publicamos aqui a carta da ICAN para o World Without Wars (1) e o link para este
importantíssimo relatório, que expõe o apoio do sistema bancário ao maior perigo contra a
humanidade.

O estudo de 180 páginas “Não Confiem na Bomba” fornece
detalhes das transações financeiras com as 20 empresas fortemente envolvidas na produção,
manutenção em modernização das forças nucleares dos Estados Unidos, Reino Unido,
França e Índia.

**Desinvestimento em Armas Nucleares**

Precisamos de sua ajuda para pressionarmos as instituições financeiras a pararem de
investir na indústria de armas nucleares. Ao financiar armas nucleares, os bancos e outras
instituições estão, na verdade, facilitando a formação das forças nucleares.

O ganhador do Prêmio Nobel pela Paz e simpatizante da ICAN, Desmond Tutu, exorta
as instituições financeiras a “fazerem a coisa certa e ajudarem, em vez de impedirem,
os esforços para eliminar a ameaça da incineração radioativa”, observando que o
desinvestimento foi uma parte vital para o sucesso da campanha para acabar com o
apartheid na África do Sul.

“Hoje, a mesma tática pode e deve ser empregada para enfrentar a criação mais terrível do
homem: a bomba nuclear. Ninguém deveria obter lucro desta terrível indústria da morte,
que ameaça a todos nós”, escreveu ele.

**Quem são os envolvidos?**

As nações com poderio nuclear gastam mais de 100 bilhões de dólares por ano para manter
e modernizar suas forças nucleares, e muito desse trabalho está sendo executado por
grandes empresas como o BAE Systems no Reino Unido, a Lockheed Martin nos Estados
Unidos, Thales na França e Larse & Toubro na Índia.

As instituições financeiras investem nessas empresas através de empréstimos e compras de
ações e títulos. Das 322 instituições financeiras identificadas no relatório, aproximadamente
a metade está sediada nos Estados Unidos e um terço na Europa. As instituições asiáticas,
australianas e do Oriente Médio também fazem parte da lista.

Entre as mais envolvidas com a indústria de armas nucleares incluem o Bank of America
e o JP Morgan Chase dos Estados Unidos; BNP Paribas da França, Deutsche Bank da
Alemanha; Mitsubishi UJF Financial, do Japão, Banco Santander da Espanha, Credit Suisse
e UBS da Suíça e o Barclays, HSBC, Lloyds e Royal Bank of Scotland da Grã-Bretanha.

**O Caso para Desinvestimento**

O relatório enfatiza os argumentos humanitários, legais e ambientais para o
desinvestimento. Setsuko Thurlow, sobrevivente da bomba atômica lançada pelos Estados
Unidos em Hiroshima em 1945, informa no relatório: “Qualquer pessoa que tenha uma
conta bancária ou fundo de pensão tem o poder de investir seu dinheiro de forma ética e
não contribuir com as atividades que ameacem a Terra”.

Além de declarar o fator ético para o desinvestimento, o relatório também adverte para os
riscos morais associados ao financiamento de armas nucleares e destaca o papel positivo
que as instituições financeiras poderiam desempenhar na questão da arma nuclear no
mundo livre.

Esperamos que o relatório seja um instrumento útil para a sua campanha.

Com determinação,

A Equipe ICAN

[Veja a reportagem completa](http://www.dontbankonthebomb.com)

(1) [World without Wars and without Violence](http://www.worldwithoutwars.org/)