As organizações ambientalistas recorreram à Corte após as autoridades judiciais da austral cidade de Porto Montt rechaçarem os argumentos expostos a respeito das irregularidades apresentadas na aprovação da questionada iniciativa energética.
Hidroaysén voltou à agenda política no começo deste mês após a publicação do traçado da linha de transmissão elétrica que pretende ser instalada para ligar a austral região de Aysén, coração do projeto, com a região Metropolitana (uns dois mil 400 quilômetros).
A implementação da rede de transmissão busca injetar a energia que proviria de cinco represas previstas no leito dos rios Pascua e Baker ao Sistema Interconectado Central que abastece a zona centro sul do país.
A usina elétrica, advertem as organizações ambientalistas, ocasionará danos irreversíveis nas zonas turísticas e de valor patrimonial, incluídos vários parques naturais, rios, lagos e territórios indígenas.
Na opinião do deputado Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista e integrante da Comissão de Recursos Naturais da Câmara baixa, o projeto elétrico citado é um mais negócio destinado a aumentar o saque dos recursos naturais de todos os chilenos em benefício das grandes empresas nacionais e multinacionais.
O propósito, denunciou o legislador, é favorecer o negócio privado da mineração.
É inaceitável, ressaltou, aceitar um projeto de geração de eletricidade em um setor apartado do país, sem incluir no mesmo estudo os impactos ambientais que terá a implementação da transmissão dessa energia aos pontos de consumo a mais de dois mil quilômetros de distância.