Os três foram considerados culpados por *”prejudicar a economia ao cortar a internet e os telefones durante a revolução de 25 de janeiro”*, afirmou a fonte, referindo-se ao levante popular que provocou a saída de Mubarak do poder em 11 de fevereiro.
O ex-chefe de Estado deverá pagar 200 milhões de libras egípcias (33,5 milhões de dólares), enquanto Nazif e Adli desembolsarão 40 milhões (6,7 milhões de dólares) e 300 milhões de libras egípcias (50,3 milhões de dólares) respectivamente.
Os três réus ainda podem recorrer da sentença.
O serviço dos quatro principais provedores de acesso à internet no país foi suspenso em 28 de janeiro, dias após o início das manifestações contra o regime de Mubarak.
Além disso, as três operadoras de telefonia celular que servem o Egito foram orientadas a suspender seus serviços, e posteriormente obrigadas a cumprir a lei egípcia, indicou na época a inglesa Vodafone, que opera no país.
Vários líderes populares se utilizavam da grande rede para coordenar e divulgar os protestos.
A decisão de suspender o acesso à web foi condenado internacionalmente, inclusive pelos criadores das redes sociais Facebook e Twitter.
Pelo menos 846 pessoas morreram e outras 600 ficaram feridas durante as revoltas que provocaram a queda de Mubarak, que é mantido preso internado em um hospital no balneário de Sharm el-Sheikh, para onde foi levado após sofrer um ataque cardíaco durante um interrogatório.
O ex-presidente é acusado de corrupção e de ser o responsável pela morte dos manifestantes. Seus dois filhos, Alaa e Gamal, estão presos na capital Cairo, como muitas outras autoridades do antigo regime.